Salmo 149: ADORAR, ORAR, AGIR, SERVIR (notas)

ADORAR, ORAR, AGIR, SERVIR
Salmo 149
Pregado na IB Itacuruçá, em 23 e 30.11.2003, manhã

1. ADORAÇÃO
1.1. EQUÍVOCOS

1.1.1. Há pessoas especializadas em adorar.
(Integrantes de grupos musicais ou de coreografia são chamados de “adoradores”)

1.1.2. A adoração é para dar prazer a quem adora.
(Decorrem daí expressões do tipo “como eu me senti bem neste culto!”)

1.1.3. A forma da oração indica o grau de intimidade com Deus.
(Há dois tipos de extravagância: a da escassez — adoração ensimesmada — e a da excentricidade — adoração  extática. Por isso, as igrejas não brigam mais por causa de doutrina, mas por causa de formas de adoração.)

2.1. VERDADES
2.1.1. Não há pessoas especializadas em adorar. Quem tem fôlego precisa adorar (Sl 150).
2.1.2. A adoração não é para dar prazer a quem adora, mas a Quem é adorado. Adoramos para que Deus se sinta bem em nossa presença, não o contrário.
2.1.3. A forma da oração nunca indica a qualidade do relacionamento com Deus. Antes é uma escolha pessoal (motivada por fatores psicológicos), expressa  num determinado ambiente cultural (por  imitação e aprendizagem).

2. ORAÇÃO
2.1. EQUÍVOCOS
2.1.1.  O homem pode controlar o resultado da oração.
(Pensam alguns que, se orarmos do modo como Jesus ensinou, receberemos o que pedimos, como se houvesse uma superficial linearidade na lógica da graça.)
2.2.1. O resultado de uma vida de oração é uma vida cheia de vitórias.
(Esperam alguns que, se tivermos uma vida de santidade, Deus nos protegerá de todos os males e nos fará prosperar, como se a bênção fosse o prêmio pelo mérito.)
2.3.1. A melhor oração é a vida.
(Segundo certa visão, viver em conformidade com os valores do Reino de Deus é o melhor que podemos fazer. Não precisamos incomodar Deus com pedidos. Ele já nos entregou as regras, as quais nos competem seguir.)

2.2. VERDADES
2.2.1. O homem não pode nem deve tentar controlar o resultado da oração. Precisamos saber que oramos a um Deus soberano.
2.2.2. O resultado de uma vida de oração é uma vida de oração, com prazer na dependência, na gratidão e na intercessão.
2.2.3.  É preciso que reservemos tempo para estarmos a sós com Deus, senão não haverá vida cristã com qualidade.

3. AÇÃO
3.1. EQUÍVOCOS
3.1.1. Quando uma pessoa se põe sob os cuidados de Deus, não precisa agir: basta osperar pela intervenção divina.
(O quietismo de alguns cristãos põe todo foco na dependência absoluta do homem diante de Deus.)
3.1.2. A história é o resultado das ações livres dos seres humanos, sem participação divina.
(O secularismo propõe um grau tal de independência que devemos viver como se Deus não existisse.)
3.1.3. Como não podemos conhecer previamente a vontade de Deus, devemos “tocar” por nós mesmos as nossas vidas, pedindo sempre as Suas orientações.

3.2. VERDADES
3.2.1. Deus espera que os que crêem nEle façam o que lhes compete. Há situações em que nada podemos fazer, senão orar, viver santamente e esperar.
3.2.2. A história é o resultado das ações livres dos seres humanos, que devem convidar Deus para participar. Com Ele, o resultado é felicidade.
2.2.3. Não podemos conhecer previamente e com toda a certeza a vontade de Deus, mas podemos se orientados por Ele por meio das “placas” que deixa na beira do caminho, da oração e da interpretação da Bíblia.
Como não podemos conhecer previamente a vontade de Deus, devemos “tocar” por nós mesmos as nossas vidas, pedindo sempre as Suas orientações.

4. MISSÃO
4.1. EQUÍVOCOS
4.1.1. Nós somos parceiros de Deus no seu projeto para  o mundo, mas não construímos o Seu reino.Nós construímos o reino de Deus na terra com nossas ações.
4.1.2. Deus recompensa aquele que serve.
(Uma expressão comum no meio evangélico é que Deus honra os que trabalham para Ele. A promessa está no salmo 91.15 (“Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra.”), mas ela tem a ver com oração, não com ação…
4.1.3. Nós abençoamos aqueles a quem alcançamos.

4.2. VERDADES
4.2.1. Nós somos parceiros de Deus no seu projeto para  o mundo, mas não construímos o Seu reino, que é dEle.
Não podemos nos esquecer que quanto mais fazemos, maiores serão as necessidades.
4.2.2. Deus não recompensa necessariamente aquele que serve, para que não haja troca na missão.
4.2.3. Nós abençoamos aqueles a quem alcançamos e somos abençoados por aqueles a quem alcançamos.