Na hora da refeição, 1/2 (BOM DIA AMIGO 4071 | Israel Belo de Azevedo)


“O prazer da comida é o único que, desfrutado com moderação, não acaba por cansar”.
(Jean Anthelme Brillat-Savarin, 1755–1826)

Diante do prato, na hora da refeição,
é como se curvássemos o coração.
Estar diante do prato é estar diante do dom da vida em ação.
Esse dom se renova pelo pão, pela fruta, pelo grão, pelo cereal, pelo doce, na mesa refeição.
Não é tempo para comer nem devagar nem depressa, mas no ritmo de uma oração.
Não se trata de comer muito ou pouco, mas do prazer de uma boa nutrição.

Tem uma história cada porção,
que agora se junta à constelação
que faz do nosso desejo a sua silenciosa observação.
Chegou o alimento à mesa pela mão
que se move, da cozinha ao salão,
mas passou por muitas mãos:
mãos que sonharam plantar,
mãos que semearam,
mãos que colheram,
mãos que transportaram,
mãos que venderam,
mãos que compraram,
mãos que conceberam,
mãos que os ingredientes selecionaram
e neles o hálito da vida sopraram,
sobre uma pedra fria, sobre um fogareiro improvisado ou sobre um sofisticadíssimo fogão.

Sagrada, portanto, é a hora da refeição.
Cada momento da sua ingestão
Só pode ser vivido em intensa gratidão.

“Tudo o que fizerem, seja comer, beber ou qualquer outra coisa, façam de tal modo que honre ao Deus Eterno”. (1Coríntios 10.31 — Bíblia Prazer da Palavra)

Bom dia!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial