“Quem não tem poder não tem amigos”.
(António Vieira, 1608-1697)
Dizemos que o poder corrompe.
Também afirmamos que o dinheiro corrompe.
Lamentamos ainda que a fama corrompe.
Usamos essa explicação para entender as surpresas que vemos; pessoas corretas se tornam opressoras; pessoas íntegras são flagradas furtando; pessoas simples ostentam até o que não têm.
A culpa pelo mau comportamento não é do poder, do dinheiro ou da fama.
Antes, devemos pensar que o desejo desmedido e prejudicial por este tipo de benefício já latejava na consciência; as oportunidades apenas facilitaram o afloramento da maldade.
É claro que precisamos nos indignar contra a opressão, contra a corrupção e contra a ostentação.
No entanto, enquanto julgamos os outros, devemos visitar os porões da nossa própria alma e varrer os desejos indignos que lá estão, ávidos por nos corromper.
Precisamos da coragem de reconhecer que, lamentavelmente, podemos fazer o que condenamos nos outros.
Essa coragem nos põe no caminho da humildade e do cuidado para, tendo oportunidade de pecar, não errarmos.
“É verdade que o pecado dominou e gerou a morte, mas também é verdade que a graça triunfou maravilhosamente e produziu a vida eterna por intermédio de Jesus Cristo, nosso Salvador”.
(Romanos 5.21)
Bom dia!!!!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial
