“O que é a vida real? Os fatos? Não, a vida real só é atingida pelo que há de sonho na vida real”.
(Clarice Lispector, 1920-1977)
Acontece de, tendo um sonho, acordarmos sem que ele termine.
Às vezes, tentamos sonhar de novo, para que a história se conclua. Rarissimamente funciona.
Se o sonho nos levava ao desespero, damos-lhe o nome de pesadelo e ficamos aliviados que tenha sido interrompido.
Se o sonho prenunciava realizações felizes, ficamos frustrados por não conhecer o seu final, guardado em lugar inacessível.
Acordados, também temos projetos inconclusos.
Alguns deles não temos como realizar.
Pode ser que uma limitação nossa nos impeça de prosseguir. Não podemos ser aviadores se não somos aprovados no teste de acuidade visual.
Pode ser que a incompreensão de uma pessoa, na família ou fora dela, não nos permita dar os passos necessários.
Pode ser que uma instituição persista em regras injustas que nos alijam.
Nesses casos, precisamos de sabedoria para não ficarmos atolados num passado que nunca terá futuro. Amargura não produz esperança.
A melhor opção é dirigir nossas habilidades para outros campos em que possamos nos realizar.
“Foi maravilhoso o que aconteceu. / O Deus Eterno trouxe nossa alegria de volta. / E foi como se estivéssemos sonhando”. (Salmo 126.1)
Bom dia!!!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial