“A doença serve para aquilatarmos os amigos”.
(Eça de Queirós, 1845-1900)
Não queremos que venha, mas ela vem.
Quando a doença vem, breve ou longa, muito ou pouco dolorosa, podemos nos desesperar, reclamar (“por que comigo, meu Deus?”) ou refletir.
Quando a doença vem, o melhor que fazemos é nos perguntar sobre o que faremos, além de procurar evitar a dor e encerrar o sofrimento.
Quando a doença vem, temos um encontro com a nossa vulnerabilidade. Estávamos bem, mas agora o futuro ficou cinza. Não somos tão fortes quanto imaginávamos.
Quando a doença vem, descobrimos os amigos que temos e os amigos que achávamos que tínhamos.
Quando a doença vem, somos obrigados a pausar atividades e projetos, a fazer menos, porque a nossa prioridade tem que ser a terapia indicada para que a saúde retorne.
Quando a doença vem, nossa fé é testada, para ser fortalecida, de modo que o desespero seja substituído pela esperança.
Quando a doença vem, acabamos por olhar de um modo compassivo os que também sofrem, formando com eles uma fraternidade forjada no fogo.
De certo modo, além do autocuidado que ela requer, a doença pode também nos abençoar.
“Que o Deus Eterno o visite / Quando estiver doente / E restaure a sua saúde”. (Salmo 41.3)
Bom dia!!!!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial
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