“Não é força que se pede a um canoeiro. O segredo está no ritmo dos remos, batendo num mesmo compasso na superfície da água”.
(Mia Couto, 1955-*)
Não temos que parar com o nosso trabalho até que a morte nos separe.
No entanto, precisamos diminuir o ritmo do nosso trabalho, antes que a morte nos pare.
Se vivemos para ganhar dinheiro, cuidemos para que não sejamos os escravos e ele, o nosso soberano.
Não temos que ganhar mais e mais, como se não fosse possível outro modo de viver, porque há um estilo possível, mais calmo, mais sereno.
O nosso jeito de viver está insano?
Então, marquemos uma data em que mudaremos.
Que talvez implique em morar em outra cidade ou país ou num espaço comparativamente pequeno.
Se adiarmos indefinidamente, por causa dos apelos que nos fazem, o início da nova vida sonhada, nunca começaremos.
Tomada a decisão, precisamos ir nos acostumando com o modo mais tranquilo que viveremos.
Mudar o ritmo não tem a ver com idade.
Tem a ver com sabedoria.
Que tem a ver com a coragem de não querer tudo, mas o que é nossa prioridade.
Que é pôr o foco no que queremos e mirá-lo a cada dia.
Há o tempo de corrermos rápido, talvez nos perdendo no pior.
E há o tempo de andarmos devagar para fazermos melhor.
“Trabalhou tanto que não teve tempo sequer de comer / E acabou ficando doente de tanto aborrecimento”. (Eclesiastes 5.17 — Bíblia Prazer da Palavra)
Bom dia!!!!!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbelooficial
Israelbelo@gmail.com