OLHANDO PARA A LEI PARA OLHAR PARA A GRAÇA

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O pecado é uma realidade que nos acompanha. Podemos nega-lo, como é própria de nossa cultura, que tenta nos convencer que os nossos pecados têm outros nomes: erros, equívocos, manifestações de liberdade, direitos. Podemos dourá-lo, embalando-o de uma forma que nos livre impossivelmente da culpa. Em que pesem nossos esforços, a realidade do pecado nos acompanha. É nossa condição.
No entanto — diz-nos a Bíblia (1João 2.1), podemos não pecar. Se queremos não pecar, devemos nos empenhar em não pecar. Esse empenho começa com uma tristeza diante do pecado, chamado pelo seu nome. O empenho continua com o arrependimento, que inclui o desejo não mais pecar. O empenho prossegue com a confissão de nosso pecado. Este é o processo através do qual ficamos livres do poder do pecado.
Quando tomamos consciência de nosso pecado, estamos prontos para experimentar a graça. Na verdade, só experimentamos a graça tendo consciência do nosso pecado. Em outras palavras: só experimentamos a graça quando nos arrependemos do nosso pecado, porque “onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Romanos 5.20).
Então, para podermos olhar para a graça (com o seu perdão), devemos olhar para a lei (com a sua condenação). Só então estaremos prontos para considerar o pecado em toda a sua seriedade e a graça com a sua liberdade.
Graça é propiciação — diz-nos ainda a Bíblia (1João 2.2). Jesus é a propiciação pelos nossos pecados. Isto é: Jesus é a oferta pelos nossos pecados. Diante da realidade do pecado, Jesus se oferece ao Pai no lugar dos pecadores. Por isto, Ele é chamado de “Justo”, uma vez que, por sua morte, fomos justificados (considerados justos).
Somos, então, convidados a parar de pecar. Cada um de nós deve olhar para a sua vida e, vendo o pecado, derramar-se em lágrimas e pedir perdão por eles e força a Deus para não mais os cometer.
Somos ainda convidados (os que não o fizemos) a aceitar a oferta de Jesus. Quando a aceitamos o sangue de Jesus na cruz por nós passa a ter o efeito de nos selar para a comunhão com Deus.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO