POR QUE EU GOSTO DO NATAL

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Quando eu passo pelas ruas da nossa cidade, que, aliás, ficam mais bonitas nesta época do ano com o brilho de suas luzes, e vejo pessoas dormindo nas calçadas, eu me pergunto: “Será que essas pessoas têm motivos para gostar do Natal?” Desse Natal eu não gosto!
Quando eu olho para pessoas que estão numa prisão, num leito de hospital, homens que foram para guerra sem a esperança de voltar, famílias sem um teto para lhes abrigar, jovens reféns das drogas, crianças abandonadas à própria sorte, eu me pergunto: “Será que essas pessoas têm motivos para gostar do Natal?” Desse Natal eu não gosto!
Quando eu penso no sentimento de uma mãe que perdeu seu filho assassinado, de uma família que “mora” de forma ultrajante nos becos de uma favela imunda, de crianças e adultos retirando dos “lixões” a sua sobrevivência, enquanto aqueles que foram eleitos representantes do povo utilizam o dinheiro público em benefício próprio, eu me pergunto: “Será que essas pessoas têm motivos para gostar do Natal?” Desse Natal eu não gosto!
Mesmo que todos esses motivos sejam suficientes para que eu não goste do Natal, um só me basta para dizer por que gosto dele: Porque nasceu o meu Redentor.

José Mauricio Cunha do Amaral