Salmo 127.4-5; 128.3b: UM IDEAL PARA TODOS

UM IDEAL PARA TODOS
 
Salmos 127.4-5; 128.3b:

1. INTRODUÇÃO
Existe um ideal de família feliz?
Qual é o seu?
As respostas provavelmente dependerão daquilo que as nossas famílias não são.
O Antigo Testamento tem um modelo de família, como este registrado nos salmos 127 e 128.

2. DIANTE DOS IDEAIS
Há um ideal de família, em cada um cumpra alegremente o seu papel.
Uma família reunida em torno da mesa é o símbolo mais precioso do ideal de família.
Há um ideal aqui. O pai provê; a mãe cuida da casa; os filhos se reúnem em torno deles, para receber o cuidado deles.

2.1. O ideal de família é colocado para manter a família na hora da adversidade.
Devemos cuidar para que a existência do ideal bíblico não gere doença em nossa família. Cada família deve avançar nas suas possibilidades, sem imitação, sem violência para alcançar padrões, sem autoritarismo Não é a família do outro o nosso padrão, mas o ideal bíblico, mesmo porque não vem a família do outro como ela é, mas como ela se deixa ver.

2.2. O ideal bíblico de família não é um padrão vazio, mas um padrão que preenche uma necessidade.
No entanto, experimentamos realidades diferentes, embora busquemos o padrão. O conflito é constante, seja por razão interna ou externa.
Nossa família tem seus momentos de vivência do ideal bíblico e seus momentos de afastamento. Umas podem estar mais próximas e outras mais distantes. O ideal, no entanto, é que todas busquem o ideal.

2.3. O ideal bíblico está relacionado aos valores, não aos costumes. Os costumes podem variar. Em tempos mais antigos, por exemplo, os papéis eram definidos assim: o pai/cônjuge providenciava o sustento da casa. Com as mudanças nas relações econômicas, tornou-se necessário que a mulher participasse deste sustento. Em função disto e também em função de alterações morais, há muitas famílias sustentadas por mulheres/mães.

3. O PAPEL DOS FILHOS
Segundo os salmos 127 e 128, os filhos têm um papel.

[Salmos 127.4-5]
4 Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude.
5 Como é feliz o homem que tem a sua aljava cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal.

[Salmo 128]
3b Seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa.

3.1. As flechas
127.4 Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude.
Os filhos são como flechas nas mãos do guerreiro. Elas vão longe e acertam seus alvos. Flechas estão associadas a força, quando os pais já estão fracos; a continuidade, quando os pais precisam do descanso; a longevidade, quando os pais já estão próximos de partir.
Os filhos, portanto, são os prosseguidores da herança familiar (127.4)
Temos o dever de prosseguir a herança que recebemos. Sempre a prolongaremos. De que modo o estamos fazendo? Talvez rompendo, como Jabes; talvez continuando, como Isaque.
Querendo ou não, somos prosseguidores, nem que seja reescrevendo, mas nunca se envergonhando dos seus pais, se eles fizeram o melhor.

3.2. As aljavas
Os pais felizes têm filhos-flechas guardadas na vida-aljava. (Aljava é o estojo para se carregar flechas)
127.5 Como é feliz o homem que tem a sua aljava cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal.

a)
Os filhos têm o dever de se tornar os provedores dos pais, atendendo-os em suas necessidades. Para tanto, terão que fugir à tentação do descarte. Pai idoso não é laranja chupada à espera do lixo. Pai idoso é para ser cuidado, não importa o trabalho que dê.
O filho não pode deixar que seu filho seja humilhado nas filhas dos serviços sociais públicos. Se puder, faça-lhe um plano de saúde. Se não puder, vá para a filha por/com ele..

b)
Os pais sempre precisam dos filhos, mesmo que não estejam velhos. De que precisam sempre os pais?
Em todo o tempo, os filhos devem cuidar dos seus pais:
– retribuindo o seu afeto. Pai também precisa receber afeto.
– valorizando o seu esforço. Pai também precisa ser reconhecido no que faz pela família.
– buscando a sua orientação. Pai tem o que dizer.
– respeitando a sua autoridade, dada por Deus, mesmo que o presente século a relativize.

3.3. Os brotos de oliveira
128.3b Seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa.

Uma oliveira pode dar frutos por 20 gerações. Há na Terra Santa oliveiras com mais de dois mil anos.

a) aos pais
Os pais não devem se contentar em apenas em dar comida aos nossos filhos, mas comer com eles (em volta da mesa). Os pais devem insistir com seus filhos para virem à mesa.
Os pais devem ser como oliveiras para seus frutos, referências, abrigos, confortos, alegrias, não importa a idade. Os pais não devem ser chorosos. Nada de pais hipocondríacos (o caso da sogra do Edson Fernando de Almeida, que gemia de dor quando sua filha ia visita-la…)
Os pais devem ser contadores de histórias. Aprendam a contar histórias. Se não as teve, compre livros: leia-os para os  filhos, ou: leia-as com os filhos.

b) aos filhos
Os filhos devem ter prazer em comer com os seus pais. Também devem providenciar suas mesas, mesmo que seja nos restaurantes.
Os filhos precisam saber que suas presenças são vida. Por isto, não devem apenas trazer problemas. Quando os têm, devem aceitar a participação dos pais, dentro de limites.
Os filhos precisam saber que suas vidas são projeções das vidas dos seus pais. Os pais se alegram com as suas alegrias: contem-nas. Os pais sofrem com os seus sofrimentos: compartilhem-nos.
Os filhos podem, com humildade, reescrever a história de sua família anterior. Devem tomar o cuidado de não repetir os pais naquilo que têm de inaceitável, como um vício, um desvio, etc. Os filhos devem ampliar as virtudes dos seus pais e aprender com os erros deles.