Felizes sejam os Assistentes Sociais

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Da história evangélica da multiplicação por Jesus de pães e peixes, retiro uma homenagem àqueles cuja profissão é se importar. Eu me refiro aos Assistentes Sociais.
Felizes são os que, por causa de seus corações apaixonados pelos outros, vão à margem (a periferia, como dizemos hoje). Felizes são os que conhecem as sarjetas, onde resgatam os infelizes. Quem vai à margem para salvar faz como Jesus fez.
Felizes são os que fazem a leitura do tempo e vêem a pobreza e, junto com ela, as causas da pobreza e, junto com ela também, os caminhos para a sua superação. Felizes os que põem a sua ciência para interpretar o mundo, desejosos de transformar o mundo, cientes que não é possível que seja para vidas miseráveis que Deus criou as pessoas, que miseráveis foram tornadas pelos homens, jamais por Deus, o Senhor da bondade. 
Felizes são os que estimulam os do centro (os que estão bem) à solidariedade com os que estão na margem. Felizes são os que procuram por cinco pães e dois peixes para distribuir com os que não têm. Felizes são os que tomam os cinco pães e os dois peixes e os compartilham com os da periferia.
Felizes são os que multiplicam os recursos postos à sua disposição para levantar os que estão no chão, trazer para o centro os que estão à margem, fazer sorrir os que só têm motivos para a amagura e aplainar a trilha para que os excluídos possam se recuperar.
Felizes são os que os sonham e fazem. Felizes são os que ensinam a não reter e não desperdiçar. 
Felizes sejam os Assistentes Sociais.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO