NOSSO “NEGÓCIO” É “VENDER” A SALVAÇÃO

 

DE PASTOR PARA PASTOR
NOSSO “NEGÓCIO” É “VENDER” A SALVAÇÃO
 
Digito à mesa, mas, às vezes, também às pernas. (Deve ser daí que vem o termo “laptop”, já que “lap” é também “colo”, em inglês…).
O problema é que o desconforto é grande. Com o tempo, o calor do equipamento queima as pernas.
Eis que procurando outra coisa numa loja de produtos para a casa, deparei-me com um “travesseiro” próprio para acomodar o computador sobre as pernas. Escrevo sobre ele neste momento, com grande conforto.
Além de satisfeito, fiquei pensando na igreja.
O suporte para laptop atendeu às minhas necessidades.
Muitas pessoas entram em nossos templos buscando atender às suas necessidades. 
Quais são estas necessidades? Na verdade, não as sabemos.
Não seria o caso de fazermos pesquisas para o saber?
A igreja não é uma indústria ou um comércio que planeja, produz e vende seus produtos à luz das necessidades dos consumidores. Seu “produto” já está dado: é o Evangelho de Jesus Cristo, eterno e universal.
Como “vender” este “produto”? Como fazer com que as pessoas o “comprem”?
Aquelas igrejas que consideram estas perguntas tendem a granjear mais sucesso do que aquelas que, mais estáticas, anunciam o Evangelho sem este tipo de preocupação.
Não podemos simplificar as coisas, nem criar opostos que não existem.
Concretamente as pessoas entram em nossos templos por diferentes necessidades. Aqueles que são membros habituais, podemos saber o que querem, porque conversamos com elas. Nossos sermões refletem este convívio. E quanto aos outros que não sabemos quem são.
Um dos problemas é que os pastores são alienados, sobretudo os de tempo integral. Eles pouco sabem do mundo real, sobretudo aqueles que não lêem jornais.
De tempo integral ou parcial, precisamos saber que precisamos atender às necessidades das pessoas que nos procuram. Não é um vale-tudo em nome do sucesso.
Há alguns anos uma pessoa me procurou no gabinete, pedindo que eu curasse. Como eu disse que não poderia, ele achou que eu não entendi e me ofereceu dinheiro.
Como em nosso mundo tudo se compra, não se compra também a cura ou a salvação?
É esta a mentalidade vigente, à qual precisamos estar atentos.
Não precisamos fazer concessões, mas precisamos conhecer as pessoas, para que, conhecendo-as, possamos oferecer a resposta ao seu anseio. 
A Bíblia tem 66 livros, mas naquele dia ou noite, basta apenas um livro (não a Bíblia toda) ou um versículo (e nem mesmo o capítulo inteiro).

ISRAEL BELO DE AZEVEDO