Também tenho alguns santos no meu altar,
todos homens segundo o coração de Deus,
a quem também quero me apresentar
seguindo os seus reais exemplos seus:
Abraão, que amou um filho, mas o outro desprezou
Davi, poeta do Senhor, que seu templo não aceitou
Elias, que derrotou um rei que depois o prostrou
Paulo, que em seus discípulos nem sempre confiou
Martin Luther King Jr., cuja glória o sexo manchou
Dietrich Bonhoeffer, que pegar em armas planejou
Bartolomé de Las Casas, que os negros não honrou.
Não quero ser o pai que abandona um filho, uma filha,
mas um que tem a coragem de fazer o sacrifício;
não quero agir como o forte que esquece a família,
mas como o que a presença de Deus deixa tranqüilo;
não quero temer a caverna com o seu perigo fictício;
mas quero ficar firme quando o medo minha alma fervilha
não quero me agitar com o amigo que a ingratidão dedilha,
mas quero estar pronto para caminhar a segunda milha;
não quero cair vítima da pressão sobre o meu ofício,
mas quero uma biografia em que a pureza brilhe;
não quero outro método além da resistência que não estilha,
mas quero enfrentar o adversário cuja força aniquila;
não quero esquecer nenhum boa causa da justiça,
mas quero o dom da indignação que não perde a felícia.
O santo é aquele que quer ser amado pelo Senhor,
não o que a perfeição própria parece que argamassa
não o que põe a férrea lei acima do doce amor
mas o que vive com o coração nutrido pela graça.
— Eis o que deseja este resgatado pelo Salvador.