BOM DIA: O negócio de Deus é a transbordância

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“Senhor, tu sabes como te quero:
quero-te um pouquinho, sem exagero,
que não me faça o sono da noite perder.
Quero-te numa xícara que possa sorver,
nada que me obrigue a ação que não me seja querida,
nada que me faça mudar o ritmo da minha vida.
Uns minutos de êxtase? Até pode ser,
sem o cálice da transformação para beber.
Admito que venha o calor morno do vento,
desde que não me empurres o novo nascimento.
Se pedires a segunda milha, saiba que não vou.
Amo-te mas não me queiras diferente do que sou”.

Senhor, é assim que te quero, tu o sabes,
mas, como neste perfil não cabes,
faça-me querer-te muito, transbordante,
como o Deus que oferece graça exuberante.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO — parafraseando Wilbur Reece
(Bom Dia 367)