ASSUMINDO A RESPONSABILIDADE (Richard José Vasques)

Assisti na íntegra a posse de nossa nova Presidente, Dilma Rousseff. Foi deveras emocionante ver a sua posse em clima totalmente pacífico, sem qualquer transtorno. Nossa democracia está cada vez mais bonita. Cheguei a pensar que realmente precisamos dessa festa, desse momento a cada 4 anos. É renovador, é restaurador, dá esperança de dias melhores, apesar de todas as dificuldades que enfrentamos. É como você estar exausto depois de um dia, ou talvez de uma semana de trabalho desgastante, e pedir a Deus que lhe dê uma noite de sono reparador. Esse sono pode ser de poucas horas, pois às vezes não podemos nos dar ao luxo de dormir muitas horas, mas irá restaurar o nosso físico para o dia seguinte, para a próxima etapa.
 
Reciclar. Esse verbo anda um tanto em moda ultimamente, em virtude da preocupação com o meio ambiente. Reciclagem na vida também é importante, naquilo que você está fazendo, no modo como você realiza suas atividades e tarefas. É sabido que se continuamos fazendo as coisas sempre do mesmo jeito, iremos sempre obter os mesmos resultados. Para obtermos resultados diferentes precisamos fazer as coisas de formas diferentes. Reciclar o modo. O que você considera importante avaliar com relação a isso? O que, em sua opinião, precisa passar a ser realizado de maneira diferente em sua vida?
 
Um dos grandes gurus da qualidade, o Prof. Philip Crosby (in-memorian), criou a seguinte frase: “Fazer certo na primeira vez e cada vez melhor.” Melhoria contínua. Melhorar sempre. Questionar o que você está fazendo. Avaliar os seus resultados. Ter a responsabilidade de parar para fazer isso. Que responsabilidades você tem assumido? Elas são realmente importantes? O seu foco está nas coisas importantes, como diz Stephen Covey: “first things first” (as coisas mais importantes sempre em primeiro lugar)? O que tem andado em primeiro lugar em sua vida?
 
Levar esperança para as pessoas. Assumir responsabilidade com relação a isso.  O Pr. Bill Hybel, da Igreja Willow Creek, localizada em South Barrington – Chicago, diz que “a igreja local é a esperança do mundo”. Sempre tive essa frase em minha mente, pois para mim ela enfatiza a importância da igreja local, por mais simples que seja, como esperança para o mundo, para as pessoas que a cercam e que são por ela atingidas. Na verdade, a única e verdadeira esperança é Jesus. Se a igreja local realmente entende isso e  divulga essa esperança, ela passa a ser um farol ou uma fonte que irradia essa esperança.
 
Como está nossa responsabilidade para levar essa única esperança ao povo brasileiro e às diversas nações do mundo? Como tem sido a nossa atuação nesse sentido? Na posse da nossa nova Presidente, a TV mostrou uma jovem chorando no meio da multidão. Porque será que ela estava chorando? Imagino que ela foi até aquele local, esperou várias horas, tomou chuva, persistiu até o final, viu a chuva passar, e viu a Presidente dar sua volta em carro aberto, acenando para todos os que lá estavam, inclusive para ela. Nesse ato simbólico, penso que ela sentiu a esperança de ver algo mudando em sua vida. Algo novo.
 
Deve ter sonhado com dias melhores, com novas oportunidades para ela, para seus familiares, seus amigos, seus vizinhos. A nossa Presidente sempre se mostrou uma pessoa firme, mas no momento em que declarou ser “a Presidente de todos os brasileiros”, deixando de lado as opiniões contrárias, ela se emociou. Nesse momento ela assuminu a responsabilidade de cuidar de todos os brasileiros, do seu povo. Tarefa árdua, e quase que impossível, humanamente falando. Mas ela crê assim e assumiu assim. Penso que ela sonha assim, pois disse também a seguinte frase: “sonhar é ir além do possível”. Tanto ela como a moça, em minha opinião, pensaram ou pensam assim. Estão acreditando. Isso não lembra fé? (Hebreus 11.1)
 
Responsabilidade assumida para cuidar do povo. Jesus, pastor amado. Jesus o pastor das ovelhas, aquele que cuida das ovelhas, aquele que as ovelhas conhecem (João 10). O Apóstolo Paulo disse: “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade. Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2.1-4 NVI)
 
Qual tem sido o nosso “povo”? O que tem sido o foco das nossas orações? Temos orado? Qual tem sido a nossa responsabilidade? Temos assumido o que consideramos ser nossa responsabilidade? Boa semana.
 
 
Richard José Vasques
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