QUERENDO DAR UMA “MÃOZINHA” PARA DEUS? (Richard José Vasques)


 

Essa foi a pergunta que a minha esposa me fez em meio a alguns comentários que eu estava fazendo. Meus comentários eram sobre trabalho. Trabalho com consultoria e sempre tenho de buscar novos contratos. De forma geral, com raríssimas exceções, os contratos são de curto prazo. Nem sempre o que é prospectado “vinga”. Havia recebido uma solicitação de proposta de uma empresa de Brasília para um trabalho no mês de Abril. Entre os vários contatos mantidos e revisões das propostas técnica e comercial, estava eu no aguardo da oficialização do projeto. O cliente havia me sinalizado que iria dar o retorno oficial no início da próxima semana. 

Quando chegou o final de semana, surgiu uma promoção de passagens aéreas na Internet. Fiquei “tentado” a comprar as minhas passagens para Brasília, uma vez que o preço estava excelente. Pensei que o contrato poderia dar certo, que eu iria ter uma resposta positiva na próxima segunda-feira, e que a compra das passagens iria otimizar a minha proposta. Visitei o site da companhia aérea várias vezes, e no domingo à noite fiz a compra. Mandei uma mensagem para o meu potencial cliente informando que já havia comprado as passagens e que estava aguardando a oficialização da minha proposta.

Na segunda-feira eles me informaram que ainda não tinham definido sobre a contratação da consultoria, mas que iriam dar o retorno até o final do dia. Resultado final: desistiram de realizar a contratação. Na verdade eles ainda estavam amadurecendo a idéia, ainda não tinham certeza se deveriam contratar ou não uma consultoria para ajudá-los na avaliação do sistema de gestão da empresa. Voltando então ao comentário com a minha esposa, disse a ela o que havia acontecido, e a primeira frase que ela me disse foi a seguinte:

— Você está querendo dar uma mãozinha para Deus? Você foi afoito, deveria ter esperado a resposta do cliente. Deixe as situações nas mãos de Deus.

Essa primeira frase ficou “martelando” na minha cabeça por todos os dias após meu relato à minha esposa. Realmente eu estava deixando as situações nas mãos de Deus? Como você pode observar, a resposta é não. Muitas vezes pensamos que estamos deixando Deus tomar conta das nossas vidas, das situações que vivemos, mas é só um pensamento, uma imaginação. Parece que somos bons nisso. Hoje pela manhã (18/3/11), na minha devocional, o texto foi o seguinte:

Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas. Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o Senhor e evite o mal. Isso lhe dará saúde ao corpo e vigor aos ossos.” (Provérbios 3.5-8 – NVI)

Viu que coisa tremenda; é Deus falando diretamente ao meu coração. Quanto ainda tenho que aprender para depender realmente dEle. Ele quer ser o meu Senhor em todos os meus caminhos e quer me dar saúde, livrando-me do mal. Se eu tivesse colocado realmente a situação relatada nas mãos de Deus, eu não teria tido dano (prejuízo), não ficaria aflito (excitado, ansioso), não afetaria a minha saúde (stress). É isso aí, aprender a depender do Senhor para ter benefícios e usufruir das bênçãos já separadas para nós.

E você, como está? Está igual a mim? Pensa que precisa também de uma reciclagem? O importante é reconhecer nossa fraqueza, pois a Palavra também diz: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Coríntios 12.9)

O Profeta Joel diz assim: “Diga o fraco: sou forte.” (Joel 3.10b). É isso mesmo, precisamos reconhecer nossa fraqueza, pois é nesse momento que estaremos sendo fortalecidos pelo Senhor. Quero praticar isso a cada instante e espero que você tenha também a mesma intenção. Só assim teremos melhores resultados em nossas vidas: na completa dependência do Senhor. Esse é o nosso desafio constante.


Richard José Vasques

E-mail: rjv@uol.com.br    Website: www.rjv.com.br