A SABEDORIA DO MESTRE (I) (Oswaldo Jacob)

O Senhor Jesus sempre revelou a Sua sabedoria. Ele é a sabedoria do Pai revelada plenamente a nós, Seus filhos (1 Co 1.30). Suas atitudes e Seus atos foram marcados pela sabedoria do Pai. Fazer a vontade do Pai era o centro da Sua vida. Em todo o Seu ministério  o Mestre ensinou, pregou e curou com uma sabedoria peculiar. Sua personalidade marcante atraia os miseráveis, maltrapilhos, e afastava os religiosos. O Mestre não ficava encima do muro, mas sempre manifestava a ética do Reino de Deus. Era sim, sim; e não, não (Mt 5.37).
Algumas coisas muito claras revelam a Sua sabedoria. Ele conferiu  grande valor aos humildes de espírito; aos que choram suas mazelas, seus pecados ou a perda da sua inocência; aos que têm fome e sede de justiça; aos que são misericordiosos; aos limpos de coração; aos pacificadores e aos perseguidos por causa da justiça (Mt 5.1-12). 
Jesus em Sua sabedoria definiu a natureza do cidadão do Reino: Ele é sal e luz. Isto significa a influencia do discípulo na sociedade. O sal não pode perder as suas qualidades e nem a luz esconder-se, deixar de brilhar. São dois elementos essenciais à vida. O cidadão do Reino de Deus é essencial à sociedade. 
A justiça do cidadão do Reino dos céus é interna. É do coração. Manifesta-se em atitudes coerentes com a ética de Jesus. A justiça dos escribas e fariseus era avaliada pelas ações, pelas práticas meramente religiosas, mas a justiça do Reino – a justiça do Mestre – é avaliada pelas intenções do coração. Não é a pratica do pecado, tocar em algo pecaminoso, mas só em pensar, em conceber no coração já caracteriza o pecado, a desobediência, ferindo o caráter do Pai. Sob esta ótica, Jesus considerou o homicídio (o ódio ao próximo) e o adultério (olhar com intenção impura)(Mt 5.21-32).  Para Jesus, se mata com um sentimento de ódio e adultera ou se prostitui em simplesmente olhar para uma mulher com intenção impura.  
Na Sua sabedoria incomparável, o Mestre ensina a amar os nossos inimigos, orar pelos que nos perseguem e bendizer os que nos maldizem (Mt 5.43-47). Também,  devemos ser perfeitos, maduros ou plenamente desenvolvidos como o Pai (Mt 5.48). O caminho da verdadeira sabedoria passa pela nossa relação cheia de amor por Deus e pelo próximo. Viver assim é viver feliz porque estamos no centro da vontade de Deus, nosso Pai.