A SABEDORIA DO MESTRE (III): Como devemos orar (Mt 6.5-15) — Oswaldo Jacob

A oração é um diálogo com Deus. Ela deve feita, preferencialmente, no secreto da alma e na discrição do quarto fechado. Oração é intimidade entre o filho e o Pai; entre o necessitado e o que supre; entre o homem e Deus; entre o falho e o infalível; entre o pecador redimido e o Santo no santíssimo lugar. Orar não é para demonstrar religiosidade, mas a humildade de um coração quebrantado e contrito que Deus não despreza (Sl 51). A recompensa de Deus vem pela sinceridade de coração. Orar não é simplesmente utilizar um mosaico de palavras, mas poucas palavras que revelam sinceridade. Não preciso repetir palavras. Usar chavões. A oração deve ser subjetiva e objetiva ao mesmo tempo. Esta com poucas palavras; aquela, com palavras densas, carregadas de autenticidade, expondo as entranhas da alma.  Antes de pedirmos, o Pai já conhece todas as nossas necessidades (Mt 6.7). 
Orar é a comunicação com o Pai que está num alto e sublime trono; é reconhecer que o Seu nome é Santo; é pedir que o Seu Reino venha sobre nós; que a Sua vontade  seja sempre preponderante tanto na terra como no céu; que a Sua provisão não falhará; que há perdão dos nossos pecados como perdoamos os que nos prejudicam; reconhecer que só Ele pode nos livrar do poder da tentação; reconhecer que Dele são o reino, o poder e a glória para sempre (Mt 6.9-13). Então, orar, segundo Jesus, é confiar que o Pai tem o controle de todas as coisas. Todas as esferas visíveis e invisíveis estão sob o Seu domínio. O Seu perdão para nós está na proporção do nosso perdão aos que nos ferem, nos prejudicam. A sabedoria do Mestre com relação à oração revela intimidade com Deus; sinceridade na exposição da petição e da gratidão; reconhecimento da soberania de Yahweh; consciência da proteção e provisão de Deus e perdão dispensado aos que nos fazem o mal. Oremos conforme a orientação do Mestre.