O IMPOSSÍVEL ABANDONO (Ana Cristina Peixoto Natividade)

Sou mãe de um único filho.

Perdi um aos 3 meses de gestação. Hoje ele ou ela teria 13 anos. 
Às vezes, me pego pensando como seria seu rosto. Pensamentos que geralmente afloram nestas datas.
Não conheci minha mãe. Às vezes, me pego pensando como seria seu rosto. Pensamentos que geralmente afloram nestas datas. 
Ah, as datas… dia disso, dia daquilo , não conseguimos fugir delas.                                                                    
Por conta da minha atividade, convivo em dois "universos".
O dos que têm muito e  o dos que não têm nada.
Ontem escutei várias histórias.
Ah, os "universos"…
Muitos iriam ao shopping comprar presentes; estavam ansiosos por não saber o que comprar.
Muitos levaram para casa o único presente, feito por eles (um jarrinho de flores e balas) e estavam ansiosos para entregar.
Obrigada, Deus,
Porque independente do "universo" que criamos, das datas que inventamos e das distâncias que  insistimos  em querer  aumentar, a Sua  humanidade em Cristo continua a nos lembrar que:
Na alegria ou na tristeza, na abundância ou na falta, na lágrima ou no sorriso, no início ou no fim,Você nunca vai nos abandonar, porque Seu amor continua a nos falar:
"Filho, eis aí a tua mãe, mãe eis ai teu filho."
 
Ana Cristina Peixoto Natividade