Mateus 19.4-6: EIS AQUI O QUE DEUS UNIU HÁ 25 ANOS (Celebração de Bodas)

 

(MENSAGEM PARA CELEBRAÇÃO DE BODAS)

 
[TEXTO BÍBLICO]
Então Jesus respondeu: Não tendes lido que no princípio o Criador fez homem e mulher? Portanto, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher e serão ambos uma só carne. De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus uniu não o separe o homem (Mateus 19.4-6)
 
 
1. INTRODUÇÃO
Breve história do relacionamento do casal.
 
2. POR QUE VOCÊS ESTÃO CASADOS HÁ 25 ANOS?
 
2.1. Sua união foi a três
Vocês aprenderam que o casamento entre duas pessoas é, na verdade, entre três: ele, ela e Deus. Ou, neste caso: entre você (o marido), você (a esposa) e Deus. Foram três os casantes porque foi Deus quem uniu vocês dois.
Nesse triângulo amoroso que vocês têm cultivado, Deus está no vértice superior, ditando os valores, inspirando as decisões e fortalecendo os laços conjugais. Nos outros dois vértices, vocês dois ouvem esses valores, seguem-nos com seriedade e têm prazer na companhia abençoadora de Deus.
Foi por causa desta disposição, que vocês permaneceram. Eu espero que esta disposição permaneça daqui a cinco anos, quando farão bodas de pérola, e daqui a 15 anos, quando farão bodas de rubis.
 
2.2. O alvo foi o bem-estar do outro
Quando o casamento é a três, os três procuram o bem-estar um do outro. Deus sempre procura o nosso bem-estar, porque os planos de Deus para nós são de paz, nunca de mal. Vocês têm querido o bem-estar um do outro.
Num mundo em que as pessoas se centram em si mesmas, o casamento é um escândalo, no sentido que nele um vive para o bem-estar do outro. Ambos, portanto, vivem para fazer o outro feliz. No casamento, firmado segundos os princípios espirituais de Deus, o maior prazer (em todas as suas dimensões) é o prazer do outro. Que bom que vocês se casaram não para ver o que um podia tirar do outro, mas para oferecer o máximo ao outro, em termos de cuidado, carinho, afeto, proteção e preocupação.
Foi por causa desta disposição, que vocês permaneceram. Eu espero que esta disposição permaneça quando fizeram bodas de ouro, daqui a 25 anos.
 
2.3. A fidelidade lhes foi um compromisso mútuo
Vocês demonstram ter claramente aprendido que quando um procura o bem-estar do outro, há um compromisso mútuo de fidelidade entre os dois.
Certamente não lhes foi fácil serem fiéis. Nunca foi, não é e jamais será fácil ser fiel. As ofertas são muitas. É por isto principalmente que se faz a recomendação bíblica aqui repetida. Não ser fiel é precisamente separar-se mesmo que se esteja junto.
Vocês se guardaram um para o outro, tanto na exclusividade e na permanência da paixão quanto na direção e sentido do amor e do respeito. Vocês têm-se desejado um ao outro. Vocês têm querido estar um com o outro. Vocês têm vivido um relacionamento de transparência, aquela transparência que se pode ver prazerosamente porque dela saem cores e odores agradáveis. Vocês têm vivido um relacionamento de integridade, isto é, de inteireza, verdade e completude.
Só é fiel, vocês sabem, quem é capaz de renunciar ao fácil e ao fútil, ao ilusório e ao perfunctório. Não é fácil manter-se junto, mas esta é a recomendação bíblica e exatamente por isto.
Foi por causa desta disposição, que vocês permaneceram. Eu espero que esta disposição permaneça, quem sabe, nas bodas de diamante (60 anos), de prata dourada (70) e de carvalho (80).
 
3. APRENDENDO COM O CASAL
Agora, quero dizer algo para aqueles que ainda não chegaram aos 25 anos de casados e até para aqueles que ainda não casaram. Quero destacar outras características que vejo nesta vitoriosa união.
 
3.1. Eles mantiveram o sentido da complementaridade
Deus criou o homem e a mulher como seres complementares. Um sem o outro é incompleto; não é ainda um ser. Homem e mulher são radicalmente diferentes no plano biológico. E nesta diferença, eles se complementam.
Eles são muito diferentes entre si no plano psicológico e nesta diferença eles se complementam.
 
3.2. Eles desenvolvem a dimensão da companhia
Complementaridade tem a ver com companhia, cujo contrário é solidão. Se vocês preferissem a solidão, não se casariam. No entanto, viver na companhia do outro é algo a ser aprendido, constantemente aprendido porque facilmente lembrado.
Viver em companhia é, em essência, ter prazer em estar com o outro. É gostar de fazer em conjunto as coisas que antes se fazia em separado.
Viver em companhia implicam em ter coragem de renunciar a alguns gostos, próprios de quem vive só. Viver em companhia significa respeitar a individualidade do outro. O casamento não é para anular, mas para ser prazeroso aos cônjuges.
Eles são companheiros um do outro; por isto, têm contribuído para que permaneça unido aquilo que Deus uniu.
 
3.3. Eles têm preservado o espírito da comunicação
Os gestos comunicam mas demandam muita interpretação. Eu sei que vocês conversam; falam dos seus projetos, mesmo que ligeiros; discutem suas ansiedades, mesmo que passageiras; fazem suas reclamações, mesmo que rasteiras. Vocês se comunicam.
 
4. CONCLUSÃO
Convite a que olhemos para este casal como estímulo à nossa vida conjugal.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO