CONTINUEMOS PLANTANDO
(Mateus 13.31-32)
1
PARÁBOLA DO CRISTIANISMO
“O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo. Embora seja a menor dentre todas as sementes, quando cresce torna-se a maior das hortaliças e se transforma numa árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos”. (Mateus 13.31-32)
Esta é a parábola do cristianismo.
Tudo começou com um menino nascido, durante a viagem dos seus pais, no fundo de um hotel de uma cidade do interior.
Quando atingiu a idade adulta, esse menino começou a pregar, ensinar e curar pelas ruas de seu país, de onde nunca saiu. Algumas pessoas, a maioria pobres e entre elas muitas mulheres, ouvindo seus sermões e vendo suas ações, tornaram-se seus seguidores.
O Evangelho de Marcos registra que essas pessoas ouviram suas palavras e também viram seus gestos.
[PRÓLOGO]
Quando Jesus foi batizado por seu primo João Batista, que morreria decapitado (Marcos 6.14-29), foi ouvida uma voz do céu, que dizia: “Tu és o meu Filho amado; em ti me agrado”. Depois disso, começou a proclamar “as boas novas de Deus”, dizendo que “o tempo é chegado”. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas!” (Marcos 1.9-15)
[ATOS DE JESUS]
1
Quando a sogra de um seguidor estava de cama, “ele se aproximou dela, tomou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se”. Na verdade, ele “curou muitos que sofriam de várias doenças. Também expulsou muitos demônios; não permitia, porém, que estes falassem, porque sabiam quem ele era. Em muitos lugares não podia mais entrar tal a sua fama. As pessoas vinham a “ele de todas as partes”. Ele curava. Ele ensinava. (Marcos 1.30-34)
2
Quando um leproso se aproximou dele, “cheio de compaixão, Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Quero. Seja purificado!” (Marcos 1.40-44)
3
Quando um paralítico lhe foi levado, carregado por quatro amigos, mandou que se levantasse e o paralítico se levantou carregando a maca, coisa que ninguém vira até então. (Marcos 2.1-12)
4
Quando “se levantou-se um forte vendaval e as ondas se lançavam sobre o barco”, onde ele e alguns dos seus discípulos estavam, “Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro”. Despertado, “disse ao mar: “Aquiete-se! Acalme-se!” O vento se aquietou, e fez-se completa bonança”. (Marcos 4.35-41)
5
Quando um homem que vivia nos sepulcros, sempre arrebentando as correntes das mãos e quebrando os ferros dos pés, de modo que ninguém podia impedir que se ferisse, mandou que os espíritos imundos saíssem dele. Mais tarde, o homem foi visto “assentado, vestido e em perfeito juízo”. Quis acompanhar Jesus por onde fosse, mas ouviu: “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você”. (Marcos 5.1-20)
6
Quando um homem pediu que impusesse sua mão sobre a filha doente, sem saber que já tinha morrido, Jesus foi até sua casa e levantou a menina. (Marcos 5.22-24, 39-43)
7
Quando uma mulher, que tinha gasto todos os seus recursos com os médicos, tocou em sua roupa, dele saiu virtude e ela ficou curada de sua crônica hemorragia. (Marcos 5.25-38)
8
Quando, depois de lhe ouvir por muito tempo e vinda de muitos lugares, teve compaixão de todos, “porque eram como ovelhas sem pastor”, considerando a fome das pessoas, que não tinha o que comer; então, mandou que as cinco mil pessoas se assentassem, tomou cinco pães e dois peixes, o único alimento disponível, e os dividiu entre “todo o povo” assentado “em grupos na grama verde”. O que sobrou encheu 12 cestos. (Marcos 6.30-44)
Quando novamente uma multidão de cinco mil pessoas ficou com ele por longo tempo, novamente os alimentou, agora com sete pães e alguns peixes pequenos. (Marcos 8.1-10)
9
Quando, depois de um dia intenso, seus discípulos tomaram seus barcos para pescar, Jesus foi ao monte para orar, sozinho; depois, vendo a dificuldade dos seus discípulos no mar, foi encontro deles andando sobre as águas. (Marcos 6.45-56)
10
Quando uma mulher estrangeira se lançou aos seus pés em favor de uma filha doente, ele a libertou. Então, “ela foi para casa e encontrou sua filha deitada na cama, e o demônio já a deixara”. (Marcos 7.24-30)
11
Quando “algumas pessoas lhe trouxeram um homem que era surdo e mal podia falar, suplicando que lhe impusesse as mãos”, “Jesus colocou os dedos nos ouvidos dele. Em seguida, cuspiu e tocou na língua do homem”. Depois de orar, “os ouvidos do homem se abriram, sua língua ficou livre e ele começou a falar corretamente”. (Marcos 7.31-37)
12
Quando “algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus, suplicando-lhe que tocasse nele”, “ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado”; depois, colocou as mãos sobre os olhos do homem. Então seus olhos foram abertos, e sua vista lhe foi restaurada, e ele via tudo claramente”. (Marcos 8.22-26)
13
Quando os discípulos não conseguiram expulsar o demônio que lançava um menino no chão, fazendo espumar, ranger os dentes e ficar rígido, Jesus disse, diante dos curiosos que se acotovelam: “Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele”. Depois, “tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé”. (Marcos 9.14-32)
14
Quando um cego, “lançando sua capa para o lado, de um salto pôs-se em pé e dirigiu-se a Jesus, pedindo para ver, ele lhe disse: “Vá. A sua fé o curou”. “Imediatamente” o homem “recuperou a visão e seguiu Jesus pelo caminho”. (Marcos 10.46-52)
15
Quando esteve no templo, “começou a expulsar os que estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas e não permitia que ninguém carregasse mercadorias pelo templo. Suas palavras explicativas de sua atitude foram: “Não está escrito: “ ‘A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? Mas vocês fizeram dela um ‘covil de ladrões’”. (Marcos 11.1-19)
16
Quando, noutra ocasião, esteve no templo, “Jesus sentou-se em frente do lugar onde eram colocadas as contribuições, e observava a multidão colocando o dinheiro nas caixas de ofertas. Muitos ricos lançavam ali grandes quantias. Então, uma viúva pobre chegou-se e colocou duas pequeninas moedas de cobre, de muito pouco valor. Chamando a si os seus discípulos, Jesus declarou: “Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver”. (Marcos 12.40-44)
17
O próprio Satanás, sabendo que ele veio para destruí-lo, admitiu que ele era “santo de Deus”. Entre as pessoas, algumas de quem demônios foram expulsos, a admiração era completa: “O que é isto? Um novo ensino e com autoridade! Até aos espíritos imundos ele dá ordens, e eles lhe obedecem!” Evidentemente, “as notícias a seu respeito se espalharam rapidamente”. (Marcos 1.21-28)
“Aonde quer que ele fosse, povoados, cidades ou campos, levavam os doentes para as praças. Suplicavam-lhe que pudessem pelo menos tocar na borda do seu manto; e todos os que nele tocavam eram curados”. (Marcos 6.56)
“O povo ficava simplesmente maravilhado e dizia: `Ele faz tudo muito bem. Faz até o surdo ouvir e o mudo falar’”. (Marcos 7.37)
[EPÍLOGO]
Os seguidores contemporâneos de Jesus nunca foram reunidos num só lugar e, se fossem, caberiam num pequeno templo. Menos de três anos após o início de suas caminhadas por seu país, acabou traído por um falso seguidor e morto. Seus seguidores ficaram atônitos, embora, dois dias depois, alguns poucos deles, entre eles mulheres, disseram que o viram vivo. De fato, a crença se espalhou e ele apareceu. Antes de desaparecer definitivamente, prometeu que o Espírito Santo viria para ocupar o seu lugar. E veio mesmo, encontrando 120 seguidores reunidos numa casa à espera. E sua chegada foi tão extraordinária que fez o grupo se multiplicar por 30, com pessoas de várias partes do mundo que estavam ali para uma festa. Em menos de 70 anos, seus seguidores já eram um milhão numa população conhecida de 181 milhões de pessoas (o que equivalia a menos de 1%). A nova religião jamais parou de crescer. No século 19, 23% da população (ou 200 milhões de pessoas) se afirmaram seguir o pregador de Nazaré. Perto de completar seu segundo milênio, em que pese aquele surgimento modesto, o grão de mostarda plantado a partir do ano 28 da era cristã, tornou-se a religião professada por 33% da população mundial, contados em 2 bilhões de pessoas.
O grão de mostarda se tornou uma árvore, porque foi plantado.
CONVITE 1
“O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo. Embora seja a menor dentre todas as sementes, quando cresce torna-se a maior das hortaliças e se transforma numa árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos”. (Mateus 13.31-32)
Esta parábola é um convite a que plantemos grãos de mostarda.
Temos o campo, que é o mundo, onde os grãos devem ser plantados. Temos os grãos, colocados em nossas mãos, aos punhados, para serem plantados.
Se não forem plantados, não frutificarão em árvores. Sem grãos plantados, e logo sem árvores, os campos são inúteis.
Vamos plantar o grão da fé?
Há cristãos que não entenderam que a sua fé não é para ser retida, mas distribuída. Plantamos a fé com vidas que as pessoas querem para si. Plantamos a fé com palavras, tiradas da Palavra de Deus, que produzem salvação por si mesmas.
Há cristãos que não entenderam que o ministério de todo cristão é plantar.
Somos convidados a plantar grãos de mostarda. Temos o campo, que é o mundo, onde os grãos devem ser plantados. Temos os grãos, colocados em nossas mãos, aos punhados, para serem plantados.
Vamos permitir que o grão da fé seja plantado em nós?
Há quase cristãos que acham racionais e que precisam de algo maior que a pequena que têm para assumirem sua fé.
Deixe ser plantada em você a semente pequena da fé, o grão de mostarda da confiança, mesmo que tímida, que Deus ama você e que expressou este amor enviando Jesus, Seu Filho, para salvar você.
Mediante o estudo da Palavra de Deus e da oração, mesmo que cheia de dúvida, esta confiança vai crescer, como o grão de mostarda, até se tornar uma árvore, onde suas dúvidas e questionamentos poderão ser abrigadas, sem destruir a esperança.
2
PARÁBOLA DO CRISTÃO
Esta é a parábola da vida cristã.
“O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo. Embora seja a menor dentre todas as sementes, quando cresce torna-se a maior das hortaliças e se transforma numa árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos”. (Mateus 13.31-32)
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Tudo começou com uma adolescente atenta e obediente. Ela recebeu a visita de um anjo, que lhe trouxe um convite: em seu ventre nasceria o Salvador do mundo. Ela aceitou o convite e o menino nasceu para salvar o mundo.
Adulto, seu filho “foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo” (Mateus 9.35).
O Evangelho de Marcos registra que essas pessoas ouviram suas palavras e também viram seus gestos.
[PRÓLOGO]
Jesus ensinava nas ruas, nas praças e nos templos, nas plantações, nos vales e nos montes. “Todos ficavam maravilhados com o seu ensino, porque lhes ensinava como alguém que tem autoridade”. (Marcos 1.22)
[ENSINOS DE JESUS]
1
“Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos”. (Marcos 9.35)
2
“Ninguém que faça um milagre em meu nome, pode falar mal de mim logo em seguida, pois quem não é contra nós está a nosso favor”. (Marcos 9.40)
3
“Vocês nunca leram esta passagem das Escrituras?“ ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós’”. (Marcos 12.10)
4
Questionado se era licito o pagamento de impostos, pediu uma moeda “e ele lhes perguntou: “De quem é esta imagem e esta inscrição?” “De César”, responderam eles. Então, Jesus lhes disse: “Dêem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. (Marcos 12.13-17)
5
“Quando os mortos ressuscitam, não se casam nem são dados em casamento, mas são como os anjos nos céus. Quanto à ressurreição dos mortos, vocês não leram no livro de Moisés, no relato da sarça, como Deus lhe disse: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’? Ele não é Deus de mortos, mas de vivos. Vocês estão muito enganados!” (Marcos 12.25-27)
6
Perguntado sobre o mandamento mais importante, respondeu: “O mais importante é este: ‘Ouve, o Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes”. “Deus é único e que não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças, e amar ao próximo como a si mesmo é mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas”. (Marcos 12.28-34)
7
“Com muitas parábolas semelhantes Jesus lhes anunciava a palavra, tanto quanto podiam receber. Não lhes dizia nada sem usar alguma parábola. Quando, porém, estava a sós com os seus discípulos, explicava-lhes tudo. (Marcos 4.33-34)
8
“O semeador semeia a palavra. Algumas pessoas são como a semente à beira do caminho, onde a palavra é semeada. Logo que a ouvem, Satanás vem e retira a palavra nelas semeada. Outras, como a semente lançada em terreno pedregoso, ouvem a palavra e logo a recebem com alegria. Todavia, visto que não têm raiz em si mesmas, permanecem por pouco tempo. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo a abandonam. Outras ainda, como a semente lançada entre espinhos, ouvem a palavra; mas, quando chegam as preocupações desta vida, o engano das riquezas e os anseios por outras coisas sufocam a palavra, tornando-a infrutífera. Outras pessoas são como a semente lançada em boa terra: ouvem a palavra, aceitam-na e dão uma colheita de 30, 60 e até 100 por um”. (Marcos 4.1-20)
9
“Quem traz uma candeia para ser colocada debaixo de uma vasilha ou de uma cama? Acaso não a coloca num lugar apropriado? Porque não há nada oculto, senão para ser revelado, e nada escondido, senão para ser trazido à luz. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça! (…)Com a medida com que medirem, vocês serão medidos; e ainda mais lhes acrescentarão. A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que tem lhe será tirado”. (Marcos 4.21-25)
10
“O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra. Noite e dia, estando ele dormindo ou acordado, a semente germina e cresce, embora ele não saiba como. A terra por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga. Logo que o grão fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita”. (Marcos 4.26-29)
11
“Com que compararemos o Reino de Deus? Que parábola usaremos para descrevê-lo? É como um grão de mostarda, que é a menor semente que se planta na terra. No entanto, uma vez plantado, cresce e se torna a maior de todas as hortaliças, com ramos tão grandes que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”. (Marcos 4.30-34).
12
“Se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, seria melhor que fosse lançado no mar com uma grande pedra amarrada no pescoço. Se a sua mão o fizer tropeçar, corte-a. É melhor entrar na vida mutilado do que, tendo as duas mãos, ir para o inferno, onde o fogo nunca se apaga, onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga. E se o seu pé o fizer tropeçar, corte-o. É melhor entrar na vida aleijado do que, tendo os dois pés, ser lançado no inferno, onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga. E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o. É melhor entrar no Reino de Deus com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no inferno, onde “ ‘o seu verme não morre, e o fogo não se apaga’. Cada um será salgado com fogo”. (Marcos 9.42-49)
13
“O sal é bom, mas se deixar de ser salgado, como restaurar o seu sabor? Tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros.”(Marcos 9.50)
14
Sobre o casamemto, Jesus ensinou que Moisés permitiu o divórcio “por causa da dureza do coração humano”, “mas no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. ‘Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe”. “Todo aquele que se divorciar de sua mulher e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério contra ela. E se ela se divorciar de seu marido e se casar com outro homem, estará cometendo adultério”. (Marcos 10.1-12)
15
Sobre as crianças, maltratadas em sua época, disse, indignado: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele”. (Marcos 10.13-16)
16
A um jovem que cumpria todos os mandamentos, pediu: “Falta-lhe uma coisa”, disse ele. “Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me.”
Como o jovem se afastou triste com o que ouvir, “porque tinha muitas riquezas”, Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: “Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. (…)Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus”. “Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, ou campos, por causa de mim e do evangelho, deixará de receber 100 vezes mais, já no tempo presente, casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, e com eles perseguição; e, na era futura, a vida eterna. Contudo, muitos primeiros serão últimos, e os últimos serão primeiros”. (Marcos 10.17-31)
17
Sobre fé e prática, ensinou: “Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá. E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados”. (Marcos 11.22-26)
18
Sobre sobre sua missão, ensinou por enigmas:
“Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores”. (Marcos 2.17)
“Como podem os convidados do noivo jejuar enquanto este está com eles? Não podem, enquanto o têm consigo. Mas virão dias quando o noivo lhes será tirado; e nesse tempo jejuarão”. (Marcos 2.18-19)
“Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo. E ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho rebentará a vasilha, e tanto o vinho quanto a vasilha se estragarão. Ao contrário, põe-se vinho novo em vasilha de couro nova”. (Marcos 2.22)
“O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim, pois, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado”. (Marcos 2.23-28)
19
“Como os mestres da lei dizem que o Cristo é filho de Davi? O próprio Davi, falando pelo Espírito Santo, disse: “ ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés’. O próprio Davi o chama ‘Senhor’. Como pode, então, ser ele seu filho?” (Marcos 12.35-39)
20
Ressuscitado, Jesus disse aos seus discípulos: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados”. (Marcos 16.15-20)
21
“A grande multidão o ouvia com prazer”. (Marcos 12.37b)
[REAÇÕES A JESUS]
1
Alguns pescadores, mas não apenas pescadores, mas publicanos e pessoas de péssima fama, se tornaram seus primeiros discípulos, deixando para isto seus barcos e suas redes. Seu círculo de discípulos foi formado aos poucos. Quando estavam prontos, enviou-os a pregar e a curar, com as seguintes instruções: “Não levem nada pelo caminho, a não ser um bordão. Não levem pão, nem saco de viagem, nem dinheiro em seus cintos; calcem sandálias, mas não levem túnica extra; sempre que entrarem numa casa, fiquem ali até partirem; e, se algum povoado não os receber nem os ouvir, sacudam a poeira dos seus pés quando saírem de lá, como testemunho contra eles”. (Marcos 6.8-13)
2
Ele provocava escândalo e incredulidade, até mesmo entre sua família. “Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam ficavam admirados. “De onde lhe vêm estas coisas?”, perguntavam eles. “Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E estes milagres que ele faz? Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, José, Judas e Simão? Não estão aqui conosco as suas irmãs?” E ficavam escandalizados por causa dele. Jesus lhes disse: “Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra”. E não pôde fazer ali nenhum milagre, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los. E ficou admirado com a incredulidade deles. (Marcos 6.1-6)
3
Sobre as tradições, foi duro com os seus defensores: “Vocês estão sempre encontrando uma boa maneira de pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecerem às suas tradições! Pois Moisés disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’ e ‘Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe terá que ser executado’. Mas vocês afirmam que se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: ‘Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é Corbã’, isto é, uma oferta dedicada a Deus, vocês o desobrigam de qualquer dever para com seu pai ou sua mãe. Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos transmitiram. E fazem muitas coisas como essa. (…) Não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo ‘impuro’. Ao contrário, o que sai do homem é que o torna ‘impuro’ (…) Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem ‘impuro’ ”. (Marcos 7.9-23)
4
“Certo sábado Jesus estava passando pelas lavouras de cereal. Enquanto caminhavam, seus discípulos começaram a colher espigas. Os fariseus lhe perguntaram: “Olha, por que eles estão fazendo o que não é permitido no sábado?” Ele respondeu: “Vocês nunca leram o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam necessitados e com fome? Nos dias do sumo sacerdote Abiatar, Davi entrou na casa de Deus e comeu os pães da Presença, que apenas aos sacerdotes era permitido comer, e os deu também aos seus companheiros”. (Marcos 2.23-28)
5
Alguns de seus contemporâneos pediam sempre sinais dos céus, para provar quem era, mas ele se recusava a fazê-lo, nos seguintes termos: “Por que esta geração pede um sinal miraculoso? Eu lhes afirmo que nenhum sinal lhe será dado. (…) Ainda não compreendem nem
percebem? O coração de vocês está endurecido? Vocês têm olhos, mas não vêem? Têm ouvidos, mas não ouvem? Não se lembram? Quando eu parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?”“Doze”, responderam eles. “E quando eu parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços vocês recolheram?”“Sete”, responderam eles. Ele lhes disse: “Vocês ainda não entendem?” (Marcos 8.11-21)
[EPÍLOGO]
Enquanto as pessoas se dividiam sobre a sua natureza, um de seus discípulos confessou: “Tu és o Cristo”. (Marcos 8.29)
CONVITE 2
“O Reino dos céus é como um grão de mostarda que um homem plantou em seu campo. Embora seja a menor dentre todas as sementes, quando cresce torna-se a maior das hortaliças e se transforma numa árvore, de modo que as aves do céu vêm fazer os seus ninhos em seus ramos”. (Mateus 13.31-32)
Aprendemos, nesta parábola sobre o Reino de Deus, algumas verdades.
1. Fomos plantados. A semente da fé foi plantada em nós e frutificou, graças a Deus. Nada fizemos, como um grão nada faz para se tornar uma árvore. Nada alcançamos; fomos alcançados. Obrigado, Senhor.
2. Precisamos crescer. Lemos a mesma parábola na versão de Marcos: O Reino dos céus “é como um grão de mostarda, que é a menor semente que se planta na terra. No entanto, uma vez plantado, cresce e se torna a maior de todas as hortaliças, com ramos tão grandes que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra”. O grão de mostarda cresce e se torna a maior das hortaliças.
Se não abafarmos a semente, ela vai crescer. Nosso coração é o campo em que a semente foi plantada. Como a temos tratado? Positivamente, nós a temos regado com o adubo da oração e da leitura da Palavra de Deus? Negativamente, nós a temos sufocado com nossos desejos e práticas controlados pelo pecado?
3. Podemos ser árvores onde as pessoas possam se aninhar. A mostarda, na Palestina, é uma árvore que chega a três metros de altura. As aves do céu podiam pousar em seus galhos e folhas em busca de abrigo, conforto e segurança e orientação para a vida.
Este é o convite que nos é feito: o mundo precisa de árvores assim. Qual é o tamanho de nossas árvores?
ISRAEL BELO DE AZEVEDO