CINCO OLHARES PARA A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO, O AMIGO DO SENHOR (parte 2)
João 11:1-46
SEGUNDO OLHAR – A LÁGRIMA (v. 35)
Outra questão importante é a prova da simpatia de Jesus pelo sofrimento humano.
Jesus é simpático no sentido de ter sentimentos (pathos).
Ele diante do túmulo do amigo não se permite realizar uma maravilha sem antes viver com os seus semelhantes a dor da perda.
Jesus chora e chora porque sente no mais íntimo do seu ser que não era para eventos como aquele que o ser humano havia sido criado. A morte, a dor, o luto são intrusos na perfeita Criação de Deus.
Em todos os sentidos, o pecado profana a Criação e a submete a consequências inaceitáveis para o Deus justo, santo, amoroso e perfeito. Deus é passional, no sentido de ter sentimentos em relação à nós. Ele sofre conosco e por nós.
Jesus chorou consigo mesmo e com Marta e Maria. Ele sente a dor da perda independentemente de sua condição como Messias. A capacidade messiânica de realizar maravilhas não é maior do que os sentimentos de Deus para conosco. O amor é sempre maior.
Ao mesmo tempo que este evento revela a identidade messiânica de Jesus, ele também revela o caráter empático de Deus. Um Deus que sofre, chora, é um “Deus que não se parece Deus”. Este é o Deus de Jesus. Um Deus que ama sem limites, que se deixa abater.
CARLOS MAGALHÃES