Se refletirmos, veremos que viver é prosseguir em meio aos contrastes, equilibrar-se perante os extremos e posicionar-se diante da ambiguidades.
Não estacionar ou retroceder na vida, antes conviver com sonhos que não se tornam realidades e com realidades que não nasceram de sonho algum, exemplifica o prosseguir em meio aos contrastes. Saber disciplinar o filho sem precisar agredi-lo ou discordar do cônjuge sem descambar para a violência, demonstra o equilíbrio perante extremos. Não prevaricar diante do cumprimento de um dever, pelo fato de não haver testemunhas que possam comprovar que você teve acesso aos fatos, mostra o que significa posicionar-se diante das ambigüidades.
Como passamos boa parte do nosso tempo cercados por contrastes, extremos e ambigüidades, a vida está sempre a exigir de nós, perseverança, equilíbrio e posicionamentos. É mesmo uma espécie de código para abrir o cofre de um viver sábio.
Qualquer problema, situação ou dilema que nossa peregrinação nos reserve, tenderá ser melhor administrado, ou até resolvido, se conseguirmos praticar essas virtudes. Da mesma forma, há probabilidade acentuada de agravamento de uma situação difícil que venhamos a viver se, dependendo de qual for o caso, nos faltar sequer uma delas.
Por esta razão a Bíblia no aconselha a sermos perseverantes na oração (Col. 4.2), equilibrados quando olhamos para nós mesmos (Rm. 12.3) e quando somos olhados pelos outros (fil. 4.5), e a tomarmos posição ao lado de quem escolhemos servir ( Lc. 16.13 ).
Desta forma, ainda que convivendo com contrastes, extremos e ambigüidades, conseguiremos ser firmes, perseverantes e produtivos (I Cor 15.58) ao viver para alegrar o coração de Deus.
BOA NOITE!
Lécio Dornas
