Não sou daqueles que televê os costumes estrangeiros (norte-americanos e europeus) e lamenta o atraso brasileiro.
No entanto, lamento o desrespeito (em forma de conversa e movimentação) na hora do MINUTO DE SILÊNCIO.
Lamento também que, nos cultos cristãos, ele não seja praticado.
Vejamos sua origem.
Para uns, é uma invenção portuguesa em homenagem a um brasileiro. Quando o parlamento português soube da morte do Barão de Rio Branco, em 10 de fevereiro de 1912, os senadores fizeram silêncio por dez minutos. As casas legislativas europeias seguiram a prática, com o tempo sendo reduzido para dois ou menos minutos.
Para outros, é criação britânica, a partir da sugestão de Edward Honey, que atuara na primeira guerra mundial como soldado e jornalista. Como seu fim foi comemorado com danças e cânticos, ele propôs (numa carta a um jornal londrino) alguns minutos de silêncio para para celebrar o primeiro aniversário da assinatura do armstício que pôs fim ao conflito. O rei George V apoiou e o costume se alastrou.
Como as ideias não morrem, deve ter sido mesmo portuguesa a origem da prática, mas se tornou mundial por meio dos ingleses, que davam as cartas no mundo por essa época.
Hoje o costume só subsiste nos momentos que antecedem aos jogos de futebol. Em alguns estádios, o público não é informado sobre quem morreu, o que pode explicar a irreverência.Então, se é para fazer, que se faça bem feito, com solenidade.
Eu proponho que, nas igrejas, falecendo alguém, que se lhe preste uma homenagem com o MINUTO DE SILÊNCIO.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO