DIVAGAÇÕES SOBRE UMA DECEPÇÃO
“Haverá coisa melhor que a decepção? Não é ela que nos limpa das ilusões investidas nos salvadores?” (Frase atribuída a Renato Janine Ribeiro – filósofo brasileiro –
Fonte: http://www.belasmensagens.com.br/frases-de-decepcao.php)
Decepção é um desapontamento, é colocar sua expectativa em alguém, e este, agir de forma contrária ao que se esperava dele. Decepção é uma injúria no coração do decepcionado.
Tem sido muito comum pessoas se decepcionarem nas igrejas. Isso é consequência de uma obviedade: as pessoas falham, os pastores (até mesmo os “supermans”) falham. Os sistemas humanos falham.
Dentro deste contexto, o que fazer quando os membros da igreja falharem conosco? O que faremos quando o que esperamos dos outros (o que nem sempre é algo relevante de fato) não for correspondido? Que posição na vida tomar se o líder religioso ( bispo, apóstolo, pastor, ministro) falhar, pecar, decepcionar?
Muitas pessoas desistem do evangelho. O número dos denominados “sem igreja” cresceu no Brasil. Grande parte deste grupo é formado de decepcionados, de pessoas que entraram em uma igreja e fincaram as estacas de sua fé nas expectativas pessoais e não em Cristo. A secularização e o pensamento mercadológico as vezes é marcante entre as pessoas que “procuram a fé”, semelhante a uma ida ao shopping em busca de um produto que precisa:
– O que o cliente deseja?
– Calda de morango? Pêssego? Sorvete?….Precisa ser rápido… fast food!! Não… isso já está virando slow food!
Muita gente vai à igreja com a cabeça de cliente do McDonalds.
Uma coisa é evidente: a medida de nossas “decepções cristãs” pode ser proporcional à distância da fé genuína em Jesus.
O filósofo brasileiro citado diz que as pessoas investem suas ilusões nos “salvadores”. As ilusões são ilusões porque estas pessoas foram iludidas por elas mesmas (ou não) alimentando expectativas em salvadores que não podem salvar.
O salmista escreveu: Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. (Salmos 34.4,5)
Já o salmista tinha forte convicção de que os que olham para o Senhor estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. Por que?
Podemos entender:
- Os que olham para o Senhor contemplam a glória de Deus de tal forma que não lhes sobra tempo ou espaço para pensamentos que os levem a olhar os homens. A perfeição divina nos leva a entender que todos somos pecadores independente de posição hierárquica ou social.
- Os que olham para o Senhor não se decepcionam com sistemas humanos, pois sabem que estes são falhos. Viver em uma comunidade que professa a mesma fé é importante e necessário para a saúde espiritual e crescimento do Reino de Deus, mas a religiosidade verdadeira está em amar o Senhor de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.
- Os que olham para o Senhor sabem em quem confiam. Porque quando Jesus pôde desistir de passar pelo sofrimento ele escolheu os cravos por amor a nós. Ele podia negar, mas nos amou até o fim.
- Os que olham para o Senhor recebem seu amor e obra já consumada na cruz com gratidão. Têm convicção que viver na igreja é servir ao reino e não ser servido de caprichos, gostos e desejos pessoais.
Caminhar olhando para o Senhor é a única forma de permanecer firme na fé em Jesus Cristo.
Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. (Salmos 34.4,5)
Ramon Chrystian A. Lima