BOM DIA: A teologia pode matar, 5

Fonte de frustração é a ideia que Deus impede que a injustiça prevaleça na vida dos justos. Quando então a doença mais dura alcança um homem ou uma mulher de Deus, ficamos perplexos. Quando um homem ou mulher sem compromisso com Deus se dá bem, entramos em crise.
Como nos lembra Larry Crabb ("Chega de Regras"), ensinaram-nos que, se queremos, por exemplo, um bom casamento, devemos conhecer e seguir o modelo bíblico para o casamento; se queremos bons filhos, basta que os ensinemos no caminho em que devem andar. Quando colhemos o que plantamos, confirmamos a lei da semeadura. Quando colhemos espinhos que não plantamos, ficamos confusos, adoecidos, revoltados. Em lugar da linearidade (A produz B), devemos seguir o princípio da liberdade: "os que vivem esse novo caminho se aproximam como estão. Não se banham antes de chegar a Deus. Vão a Deus para se banharem nele. Não se sentem pressionados a mudar apenas a vida interior ou a exterior, mas desejam mudança em ambas as esferas. Estão interessados em criar a oportunidade para a mudança, mesmo que isto signifique mergulhar sete vezes num rio lamacento ou marchar ao redor do muro de um inimigo durante sete dias e soprar trombetas. Eles vivem o desejo mais sincero de seus corações: conhecer a Deus e satisfazer–se nele. Não vivem para uma vida melhor neste mundo".
Cremos no cuidado de Deus. Cremos e devemos crer. Este cuidado se realiza quando B é o produto de A e também quando A não dá os resultados que imaginamos. A injustiça no mundo (e não apenas com os que creem nele) é um atentado contra a sua justiça, mas nem assim Ele deixa de ser soberano. Gostaríamos que fosse diferente, mas o sol nasce para todos, a chuva também, como ensinou Jesus (nosso "Pai celeste… faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos" — Mateus 5.45 — ARA)
Deus manifesta sua glória quando nos livra da morte e também quando nos leva para ele.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO