BOM DIA: A teologia pode matar, 8

Não é fácil entender a dinâmica da graça. Seu compasso ora é regulado pelo nomianismo (legalismo), que a nega, ora pelo antinomianismo (libertinismo), que também a nega. Em termos do dia a dia de boa parte dos cristãos, cada um deve se guiar por sua consciência, como se ela fosse segura.
Os legalistas negam o valor da atenção aos mandamentos legados na Bíblia para a salvação e para a vida do cristão. O que importa é a consciência de cada um.
Como resume Sproul, "os antinomianos cultivam aversão pela lei de várias maneiras. Alguns acreditam que não têm obrigação de obedecer às leis morais de Deus porque Jesus os libertou da lei". Outros "insistem em que a graça não só liberta da maldição da lei de Deus, mas também nos liberta da obrigação de obedecê-la". Assim, a graça "se torna uma licença para a desobediência".
Jesus aboliu as leis cerimoniais e os regulamentos, mas, sobretudo, enterrou a ideia de que nossas obras, por mais meritórias que sejam, nos salvam.
"Os mandamentos de Deus devem ser vividos, mas agora, como filhos de Deus, não mais como um peso". Assim, "não somos salvos por obedecer aos mandamentos divinos, mas somos salvos para vivermos segundo os mandamentos divinos. Não somos salvos para viver licenciosamente, mas para viver uma nova vida em Cristo". (J.I. Packer)
O antídoto para o legalismo é a doutrina bíblica da graça gratuita e soberana.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO