João, em uma de suas epístolas, chama os jovens de “fortes”.
Fortes, os jovens?
Já que é a Bíblia que o diz, sou obrigado a concordar, embora os ache tão vulneráveis e veja que são os mais atacados.
João estava impressionado com a coragem dos jovens, coragem para ouvir a novidade do evangelho. João tinha testemunhado, ao longo de sua vida, a força dos jovens.
De fato, quando olhamos pessoas empunhando bandeiras de transformação, são os jovens quem as empunham. Quando precisamos de emissários para missões de valor, são os jovens quem se arriscam.
Não por acaso as ideologias querem consumir os jovens, os produtos querem comprar os jovens, as drogas querem entorpecer os jovens.
A força dos jovens está na força de resistir aos convites do consumo, sejam quais forem.
A força dos jovens está na força de resistir à sedução da desesperança, tão fascinante quando as oportunidades (de realização do ideal por meio do trabalho) escasseiam.
A força dos jovens está na força de resistir a não se impacientarem com os mais velhos, esses que, às vezes, acham que sabem tudo porque viveram mais.
A força dos jovens está na força de resistir à moda, seja de que tipo for, mesmo que desenhada para eles, como se eles fossem modelos para todos.
Os jovens são fortes porque são os que mais podem fazer.
Que os jovens continuem indisponíveis para si mesmos e disponíveis para Deus.
Que os jovens continuem prontos para ouvir, mesmo que as mensagens soem longas.
Que os jovens continuem atentos às suas fraquezas, para que não confiem demais em si mesmos e tropecem.
Que os jovens continuem achando que deles, como das crianças e dos adolescentes, é o Reino dos Céus, mesmo que muitos (até bem intencionados como os discípulos de Jesus) tentem impedir que se aproximem ou fiquem perto de Deus.
Vivendo assim, os jovens serão, como escreve João, fortes.
Todos nós precisamos de vocês.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO