Um piloto de caça abatido e torturado conta que lhe foi fácil sobreviver emocionalmente ao desastre: ele foi treinado para ser arrogante e superficial.
Embora em outros ramos de atividade, parece que somos treinados para a arrogância e para a superficialidade.
E também para a mentira.
Aprendemos a ser arrogantes, superficiais e mentirosos.
Precisamos desaprender.
A arrogância tem com companheiros os áulicos que se aproximam por interesse ou os que lhe têm medo. No final, é certa a solidão.
A superficialidade pode não conhecer o sofrimento, mas também não pode ver a beleza. Ser superficial é como comer comida sem tempero.
Mentir é o verbo dos fracos, que precisam parecer que são o que não foram e não são.
É longe da arrogância, da superficialidade e da mentira que a vida pulsa.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
