Em viagem, entrei numa grande igreja numa grande capital brasileira, para cultuar. Atravessei o saguão e encontrei sozinho um lugar. Estava sem Bíblia e sem cantor, e naquele tempo não se projetava a canção a ser entoada. Meu vizinho tinha um cantor. Tentei “roubar” com os olhos a letra da melodia, mas ele puxou o hinário mais para perto de si e mais longe do meu alcance. Talvez tenha interiormente me recriminado por não ter levado o meu cantor. Nunca me esqueci.
Em férias, visitei uma pequena no interior de um estado brasileiro. Contei perto de cem pessoas. Cheguei alguns minutos antes; como o banco, próprio para até seis pessoas, estava todo ao meu feitio, assentei-me. Pouco depois, assentou-se um casal à minha esquerda; pouco depois, começado o culto, chegou uma jovem senhora, perguntou se estava reservada a minha direita para alguém; deixei-a à vontade e ela se assentou. Mais tarde, chegou um senhor, que devia ser seu marido, e eu me espremi para a esquerda. Em seguida, o pastor dirigiu um momento de oração comunitária, pedindo que orássemos em dupla ou em grupos de três.`Os casais da esquerda e da direita se curvaram para orar. Tive que fazer o mesmo, sozinho.
Essas histórias se deram longe.
Essas histórias se dão ainda hoje.
Essas histórias são uma negação do propósito de Deus para uma igreja.
Tenho outra para contar.
De mudança para uma grande capital brasileira, amigos moradores me levaram a uma igreja, depois de ter visitado outra. À porta, em pé (como se me esperasse), tinha uma jovem, morena, sorriso largo, que me cumprimentou efusivamente, desejando que eu ali ficasse, embora ninguém me tivesse apresentado a ela. Nunca me esqueci daquela moça em pé sorridente nem daquela igreja, de 500 membros, e da qual me tornei membro.
Essa história se deu longe.
Desejo que ela se dê ainda hoje e aqui, corriqueiramente.
Essas histórias são uma afirmação do propósito de Deus para uma igreja.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
israelbelo@gmail.com