Nós somos nossas emoções.
Por que, então, prestamos tão pouca atenção a elas?
Os dois mais importantes verbos da vida são emocionais: amar e crer.
O amor (e seu antônimo: o ódio) é um fruto da emoção, sendo ele mesmo uma emoção. Escolhemos a quem amar por emoção. Escolhemos a quem odiar por emoção.
Escolhemos crer ou descrer por causa das nossas emoções. Escolhemos em que ou em quem crer por um desenho da emoção.
É uma atitude emocional Indignar-se visceralmente ou passar calmamente ao largo de um mendigo que dorme abraçado a rabanadas de natal que baratas de esgoto comem aos poucos.
Na verdade, negamos as emoções, afirmando sempre que somos movidos pela razão, embora não o sejamos.
Em lugar de negar as emoções, devemos reconhecer seu explosivo poder, o que nos deve levar, por exemplo, a pedir perdão por exageros cometidos.
Em lugar de ter medo das emoções, devemos dialogar com elas, para diminuir seus extremos e fazer delas uma força motriz para as nossas conquistas, sem que elas nos destruam ou destruamos os outros com elas.
É neste sentido também que, como ensinou Jesus, o que desgraça o ser humano não é o que entra, mas o que sai da sua boca e coração (Mateus 15.11 e 18).
ISRAEL BELO DE AZEVEDO