JOSÉ – JACÓ – ISAQUE – ABRAÃO

Geralmente, nossos horizontes conseguem olhar duas gerações para trás. Nossa história vai até nossos avós. Comigo aconteceu assim: Israel < Derly < Silvério/Antônia ou Israel < Loydes < Flauzino/Maria.
Se fôssemos o José, ministro do faraó do Egito, nossa história contaria as vidas de Jacó/Raquel e Isaque/Rebeca.
Poucos conhecemos os nossos bisavós e pouquíssimos convivemos com eles. No entanto, precisamos saber que eles fazem parte de nossas vidas.
O livro de Gênesis retrata uma família de quatro gerações, inaugurada por Abraão/Sara.
Se José olhasse para a vida do seu bisavô, veria um homem capaz de confiar em Deus e caminhar para onde Ele o dirigisse, fosse para uma terra desconhecida ou para um monte (Moriá) conhecido, para fazer o que ainda lhe seria dito. José, quando viu seus irmãos em Mênfis (a capital do país), entendeu que Deus o enviara para aquela cidade, como fizera com Abraão. O livro de Gênesis nos mostra que a história de José começa com Abraão, o mestre da obediência.
Se José olhasse para a vida do seu avô, veria um homem capaz de persistir na oração. Isaque era um homem de oração, prática que aprendera com o paia. Sua esposa foi escolhida em oração. A gravidez dela foi o resultado de uma oração, feita ao longo de 20 anos, até a resposta chegar. Isaque é o mestre da persistência.
Se José olhasse para a vida do seu pai, veria um homem capaz de ousar. Certamente, ouviu dele a história da travessia do ribeiro de Jaboque. Ele e um desconhecido (que percebeu depois ser um emissário de Deus) travaram uma luta para atravessar o riacho, que o homem queria impedir. Quando entendeu, varada a madrugada, com quem lutava, Jacó foi ousado:
— O senhor só sai daqui depois de me abençoar.
Jacó ousou quando o cargo de segundo homem na hierarquia do governo egípcio lhe foi oferecido.

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Convido a pensar nas gerações da sua vida.
Dou-lhe meu exemplo, apenas como método para sua reflexão.
Do meu pai, que era um apaixonado por livros, aprendi que orar é coisa que se faz de joelhos e por muito tempo. Até hoje procuro (falhando muito mais que acertando) seguir as suas ajoelhadas. Do meu avô materno aprendi a importância das histórias, ele que as contava, geralmente autobiográficas; na verdade, eu sou o escritor que meu avô apenas potencialmente foi.
Eu poderia falar de minha mãe e minha avó, mas paro, para que comece a sua reflexão.
Olhe para os que vieram antes de você na família e vai descobrir, como José, como Deus veio moldando você para viver para o louvor da glória dEle, no compasso da graça de Jesus e na força do Espírito Santo.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO