Como a arte passou a virar negócio (a partir do séc. XIX), o alvo de negócios é quem possui dinheiro. Nesse ponto, entra a questão da burguesia intelectualizada. Muitos desses detentores de capital não tinham noção de arte, de estética, de conhecimento sobre o assunto, e , portanto, muitas vezes faziam exigências e tinham pretensões de gosto muito duvidoso.
Nasceu o conceito de kitsch, uma expressão de origem germânica com sentido pejorativo ao mal gosto e ao gosto duvidoso . “A definição contemporânea de kitsch é considerada pejorativa, denotando obras executadas para agradar à demanda popular por si só e puramente para fins comerciais, em vez de obras criadas como auto-expressão de um artista.”(1)
O apelo popular é evidente e a superficialidade também, deixando clara a evidência de que não há esforços genuínamente artísticos. Esse conceito tem tudo a ver com o consumismo e podemos observar claramente que, embora não usado o mesmo termo, os detentores de conhecimentos sobre as artes falam em kitsch na atualidade.
Vivemos no mundo da indústria cultural que segundo Theodor Wiesengrund Adorno aliena os cidadãos que passam a ter um “coração-máquina” manipulado, e temos ciência que essa manipulação é feita por meio da mídia que distribui o lixo cultural de forma muito incisiva na sociedade.
Ramon Chrystian A. Lima
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Nota:
Kitsch: <http://en.wikipedia.org/wiki/Kitsch >
Acesso em 01 jan 2012.