BOM DIA: Tempo de sonhar

Ouvi um sonho de infância de um adulto.
Sentado ao lado do seu amigo, ambos com nove anos de idade, confessou seu desejo para a vida adulta: comprar um carro e dar um longo passeio sem compromisso com o amigo por uma rodovia.
Perguntei-lhe se realizou o sonho. Disse que não, embora tenha carro.
Pensei também nos meus sonhos meninos.
Nossos sonhos de crianças, realizados ou não, falam muito sobre nós mesmos.
Então, uma boa tarefa é recordá-los.
Eles nos ajudam a entender quem somos, este esforço constante que pavimenta a estrada da felicidade.
Recordar nossos sonhos como exercício de autocompreensão é ótimo, mas é pouco.
Podemos ir além: podemos tentar realizar aqueles que ainda continuam habitando apenas a penumbra do desejo.
Sonhou andar de avião e nunca andou? Ande.
Sonhou escrever um livro e nunca conseguiu? Escreva.
Sonhou ter filhos e não os teve? Tenha-os, das estranhas ou do coração.
Sonhou fazer um curso superior? Entre agora para a universidade.
Nunca sonhou? Sonhe hoje, para realizar amanhã.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO