Salmo 135: BENDITOS PARA BENDIZER

BENDITOS PARA BENDIZER
Salmo 135

Pregado na Igreja Batista Itacuruçá, em 27.2.2000 – manhã

1. Somos benditos porque o nosso Deus é o Deus que se revela na história concreta, como o demonstram a Sua biografia na Bíblia, a biografia de nossa Igreja e a autobiografia de cada um de nós (v. 13)
Suas qualidades estão gravadas nos fatos da história de Israel (vv. 3, 5-12). Ele não é um deus feito por nós mesmos (vv. 15-18). Nossa Igreja tem experimentado a presença e o poder do Deus de Israel. Se estamos aqui é porque cremos que Ele se tem revelado a nós e nos transformado.

2. Somos benditos porque Deus nos escolheu para sermos Seus filhos (plano pessoal) e Seu povo (plano eclesial) (v. 4), escolha executada em decorrência de Sua compaixão para conosco (v. 14).
Formamos sua Igreja (v. 1), que é um tesouro (possessão) peculiar dEle (v. 4). Ele não nos pertence. Nós é que lhe pertencemos. A nossa bênção é termos sido em Cristo julgados e absolvidos (v. 14).
Além de nos absolver,  o Senhor, para o nosso bem, faz “qualquer negócio” (vv. 6-12). Somos benditos porque Deus nos tem sustentado, pessoal e eclesialmente. Vale a pena (não no sentido da impossível troca, mas no da certeza do Seu cuidado) ser servo de um Senhor assim tão compassivo e misericordioso.
Nós conhecemos a Sua bondade por experiência própria (v. 5). Toda vez que a Bíblia usa o verbo conhecer, ela está falando de um relacionamento pessoal, não de algo que se obtém pelo estudo ou pela razão, mas pela vida e pela experiência face a face (Jó 42.5)..

3. Somos benditos porque somos convidados a louvar (vv. 19-21).
O salmista conclama o povo a louvar, a partir do passado (o que Deus fez) e do futuro (do que Deus fará). No presente, podemos dizer que o Deus que fez esta Igreja continuará a fazê-la. O Deus que nos faz continuará a nos fazer.
Sobre a natureza do louvor, devemos lembrar que ele não altera o que Deus é, mas nos transforma ao nos mover em direção a Ele.
Louvor é confiança. Só louva quem confia.

O convite ao louvor se faz de maneira solene. A imagem é bonita, em que o salmista visualiza o povo de Israel como se fosse uma casa: casa de Israel (Jacó, neto de Abraão), casa de Arão (irmão de Moisés), casa de Levi (filho de Jacó). A imagem pode ser comparada à “olá” mexicana, em que as “torcidas” (Israel, Arão, Levi) vão se levantando.
O convite termina de forma grandiosa: “Desde Sião bendito seja o Senhor, que habita em Jerusalém” (v. 21). “Desde Sião” quer dizer” desde a Igreja, desde Itacuruçá, desde cada um de nós, Deus seja bendito. Casa indica família, para quem a tem, mas também indivíduo (que é sua própria casa).