A vírgula em extinção, 2 (Prof. Adalberto Alves de Sousa)

A história do feijão amigo me fez lembrar a da flanela rosa. Como ‘flanela’ é um substantivo, ‘rosa’ é adjetivo, pois atribui-lhe um valor: é a sua cor. O meu amigo Itamar é casado com a Rosa. Nesta caso ‘Rosa’ é nome próprio; é um substantivo. Os dois exemplos a seguir se explicam por si sós: (1) A EMPREGADA LIMPOU A MESA COM A FLANELA ROSA. (2) O ITAMR LIMPOU A MESA PARA SUA ESPOSA, ROSA. Este é o mesmo caso de NÓS BRASILEIROS, em que NÓS é plural de NÓ. Em NÓS, BRASILEIROS, NÓS é pronome pessoal.
 
O leitor poderia perguntar: “Por que não pode ser ESPOSA ROSA?”. A resposta é simples: se a palavra ROSA é analisada como adjetivo, significa cor; se é analisada como substantivo, estabelece uma restrição. Como o Itamar só tem uma esposa, não cabe restrição. 
A D. Glória é mãe da Rosa e da Renata. Neste caso podemos estabelecer uma restrição: D. GLÓRIA CHEGOU COM A SUA FILHA ROSA. Ou seja, a filha que chegou com ela foi a Rosa, e não a Renata. Simples, não?