É comum nas entrevistas com pessoas famosas perguntar-se qual é o seu livro de cabeceira. Muito raramente alguém responde que é a Bíblia. E, às vezes, a pessoa entrevistada é crente! Também me surpreendo com alguns irmãozinhos amigos que, identificando-se como cristãos nas redes sociais, não incluem a Bíblia entre seus livros prediletos.
A verdade é que, segundo pesquisa feita em 2008, pelo Instituto Pró Livro, apesar de a Bíblia ser o livro preferido dos brasileiros, apenas 2,5% da população a leem regularmente. Em números absolutos isso significa que menos de cinco milhões de brasileiros são, de fato, leitores da Bíblia.
Isto é uma fonte de preocupações, porque somente os evangélicos são estimados em mais de trinta milhões de brasileiros, e eles têm, entre seus princípios básicos, um que afirma que a Bíblia é a sua única regra de fé e prática. Mas, se não a leem, como podem tê-la como padrão para a sua fé e para o seu comportamento?
A conclusão é óbvia: a maioria dos evangélicos brasileiros tem uma fé de segunda mão, e comporta-se por padrões que lhes são impostos pelo grupo a qual pertencem. Em ambos os casos não agem por convicção pessoal, adquirida diretamente da leitura e estudo da Palavra de Deus, mas por influência de terceiros. Você é assim também?
A Bíblia deveria ser o livro de cabeceira de todo cristão. Aliás, vamos abrir um parêntese para explicar o que é “livro de cabeceira”: trata-se de uma referência àquele móvel, com gavetas ou não, que sempre temos junto à cabeceira da nossa cama; portanto, livro de cabeceira é o que está sempre à nossa mão, principalmente nas horas de recolhimento e intimidade. Por exemplo, é o livro que lemos ao deitarmos.
Naturalmente essa é uma expressão simbólica, pois tal livro pode estar, não na cabeceira da cama, mas na bolsa, na pasta, na mesa de trabalho, no porta-luvas do carro, em um móvel qualquer da casa onde possa ser facilmente alcançado, etc. Mas, sem dúvida, é o livro que lemos sempre.
Nada mais justo do que ser a Bíblia o livro de cabeceira do crente em Jesus, para que este possa dizer, com toda a propriedade, que é a Bíblia que o ensina a crer e a agir.
Pr. Sylvio Macri
