… é descortinar-se uma outra dimensão.
É enxergar por outro prisma.
“É dizer de outra forma, o que já se disse.”
É estar de alma aberta para a vida.
É também encarnar (assim como o ator),
sentimentos alheios, como se fossem seus.
É anunciar, é clamar;
é denunciar, é conclamar;
é educar, é pairar acima de;
é aprofundar-se; é dissecar;
é esmiuçar; é sublimar;
é elevar e elevar-se;
é alegrar e alegrar-se por conseguir colocar
em versos, em prosa, em texto, as sutilezas
da alma humana: seus desvarios, seus sonhos,
suas quimeras.
Ser poeta é esculpir emoções.
É encenar abstrações;
é colorir sentimentos;
é o delinear de visões;
é ouvir e fazer ouvir os sons do coração;
é o arquitetar de palavras, períodos e orações.
À disposição estou (tão pequena que sou…) daquele
que “… levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens.”
Que Ele me galardoe com sentimentos cada vez “maiores”
e mais nobres; mais puros, mais santos;
cada vez menos meus, e infinitamente mais, Seus!