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Era uma vez um autor que achava que tinha algo a dizer e queria dizê-lo.
Dissera-o em vários livros, curtos e longos.
Um dia pretendeu escrever textos bem breves, com umas 200 palavras.
Decidiu fazê-lo todos os dias e os enviar a todos quantos pudesse.
Assim, a cada final de noite, depois das suas atividades, assentava-se e escrevia. No dia seguinte, dezenas, depois centenas e mais tarde milhares de pessoas, recebiam seus textos que provocavam a reflexão dos que criam como ele e dos que não criam como ele ou não criam em nada.
E foi continuando, alimentando pelas mensagens de estímulos deixadas no mesmo veículo da remessa ou estampadas face a face. Incomodados, alguns poucos pediram para não receber mais as mensagens. Animados, muitos o afagavam para continuar.
Um deles explicou porque lia as mensagens diárias: nelas "encontro palavras de conforto e de motivação, serenas, pois, às vezes, estamos tão cegos com problemas, que não percebemos coisas simples da vida. Cada mensagem me ajuda a enxergar as belezas singelas que dão valor a vida".
Outro, mais derramado, anotou: "Leio o BOM DIA — esse é o nome do texto — porque um ‘bom dia’ pode mudar o dia, a semana, o ano e a vida inteirinha de uma pessoa. Um ‘bom dia’ pode desarmar um ladrão, melhorar seu emprego, salvar sua vida. E será extremamente bom aprender como um ‘bom dia’ já mudou o mundo e como posso trazê-lo para o meu mundo".
De motivação em motivação, o autor continuou enviando os conteúdos, também publicadas à noite anterior no seu site (www.prazerdapalavra.com.br). No meio do caminho, publicou um livro ("Para ter um BOM DIA hoje e amanhã" — editora Hagnos) com 100 textos.
Pode publicar mais, porque chegou a 1000.
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Essa é a história do BOM DIA, que escrevo perto da meia-noite e lhe chega quase sempre pela manhã.
Eu só lhe dou BOM DIA porque você o recebe, talvez até o deseje. Por isto, aqui estou para lhe dizer "muito obrigado" mil vezes.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO