BOM DIA: Não vivemos só de respostas

A maioria das pessoas tem dúvidas, seja sobre questões centrais, seja sobre questões periféricas.
As dúvidas não são o problema, mas o que fazemos com elas.
Se elas nos acompanharem, mas não nos dominarem, serão ombros amigos na trajetória.
Se elas nos dominarem, vão-nos tirar do caminho.
E será difícil voltar.
Apesar das dúvidas ou talvez por causa delas, uma bela decisão é crer.
Primeiro, devemos que Deus existe e se importa conosco.
Segundo, devemos crer que ele nos legou uma palavra, em forma humana, a Bíblia, pela qual nos orienta para a vida.
Terceiro, se queremos saber quem Deus é, precisamos olhar para Jesus como descrito nos Evangelhos.
São como premissas. Nas quais precisaremos apostar.
Depois da decisão de crer, precisamos cultivar a fé, cultivar no sentido de adubar, de criar condições para que se desenvolva.
Neste cultivo, a participação numa comunidade de fé, apesar das suas (quer dizer, nossas) falhas, é insubstituível. Nela se respira o ar da fé. Participar dela é, portanto, respirar o ar da fé.
Nada disto garante que dúvidas novas e velhas deixem de franzir as nossas testas, mas esses cuidados (mais um) nos ajudam a colocá-las no seu devido lugar, que é a periferia da nossa mente.
O terceiro cuidado é vigiar o coração, para que a dúvida não se torne uma espécie de amargura incurável, que começa com o prazer de fazer perguntas, transforma-se numa compulsão por perguntas e se converte num orgulho de fazer perguntas.
Perguntar faz parte da vida. Responder também. Não vivemos só de respostas e nem apenas de perguntas.
 
ISRAEL BELO DE AZEVEDO