BOM DIA: A arte de demitir

Há situações em que um líder precisa demitir.
Um amigo, alto gerente, foi encarregado de dirigir uma filial em outro país.
Aos poucos soube que sua missão era fechar a unidade.
Durante uns poucos anos, ele deu conta de recado.
Voltou ao Brasil e foi demitido.
Outro amigo, diretor na área de ensino, precisou chamar um professor e dispensá-lo de suas funções. O professor pediu apenas que continuasse por mais alguns meses, em vista de uma questão de grave enfermidade na família.
Demitir faz parte da tarefa de quem ocupa funções a partir da média gerência.
A questão é como se demite.
Um amigo foi demitido sem direito a esvaziar sozinho suas gavetas, embora não tivesse cometido qualquer deslize.
O alto gerente na filial estrangeira chamou um a um cada próximo demitido e lhe explicou as razões, vindas de cima. Embora vindas de cima as ordens, elas não serviram de escudo para a grosseria e a insensibilidade.
O professor recebeu os meses que precisava e ficou muito grato ao seu diretor.
As empresas precisam ficar. As pessoas, mesmo que dispensadas, merecem respeito.
Os demissores de hoje podem ser os demitidos de amanhã.
Também nestes casos, vale o princípio de ouro de Jesus: não devemos fazer aos outros o que não queremos que façam conosco.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO