Quem viaja por uma rodovia, enquanto trafega por sua pista com cuidado, vê frequentemente um motorista que ziguezagueia pelas faixas, perigosamente.
No fundo, interiormente desejamos até que ele se arrebente para aprender. No mínimo, torcemos para encontrá-lo à frente parados por um policial rodoviário.
Se lhe ocorrer algo fora do seu controle, como um guarda, uma mureta, um veículo ou uma curva difícil, talvez este motorista clame a Deus, pedindo por livramento ou por cura.
No entanto, esse irresponsável é uma metáfora para a condição humana.
Deus nos legou as regras para a felicidade e nós fazemos as nossas.
Seguimos nossas próximas regras, ultrapassando perigosamente os limites propostos pro Deus. Quando colhemos os resultados de nossas escolhas, corremos para ele em busca da solução para os problemas que nós conscientemente criamos.
Mesmo assim, Deus, por vezes, nos socorre.
Deus, por vezes, nos socorre, o que implica em dizer que, por vozes, NÃO nos socorre.
Então, quando não nos socorre, perguntamos onde está Deus?
Então, achamos que não oramos direito.
Como nos é difícil, fazer a análise certa.
Como nos é difícil, olhando para os frutos maus em nossas mãos, ver que colhemos o que plantamos.
Como nos é difícil aceitar que, tendo agido como não devíamos, que foi por amor que Deus nos deixou colher o que escolhemos.
Quem ama ensina.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
