Sábado, 31/08/13 — REESCREVER A VIDA

Tendemos a tratar os pobres com dureza e os ricos, com suavidade.
José de Arimateia é muitas vezes incensado por sua coragem de pedir o corpo de Jesus a Pilatos. De fato, seu gesto foi magnífico.
No entanto, o retrato evangélico dele é que era um seguidor de Jesus, mas seguidor secreto por causa do medo das consequências da sua identificação com o Salvador.
Ainda hoje multiplicam-se os Josés de Arimateia. Seguem a Jesus, mas não deixam que seus amigos o saibam. Seguem a Jesus, mas não se deixam batizar em nome dele. Seguem a Jesus, mas não anunciam o seu evangelho. Envergonham-se Jesus, na verdade, pelo que precisam ler Marcos 8.38.
Se José de Arimatéia foi um seguidor envergonhado, teve a oportunidade de passar uma borracha em seu triste passado, quando, finalmente, ele se identifica. Seu gesto produz um gosto de esperança: podemos cometer gestos magníficos, como o de José de Arimateia, mesmo que nosso passado nao dê um bom testemunho a nosso próprio respeito.