BOM DIA: O novo marketing evangelista

A ignorância não é de todo ruim.
Eu não sabia que existe um campo profissional que responde pelo nome de "marketing evangelista" ou "evangelista de marketing".
Quando ouvi a expressão, fiquei sabendo que este evangelista era uma pessoa que, gostando de determinado produto, voluntariamente se tornava seu divulgador.
Então, admito, já fui evangelista de marketing de um maravilhoso editor de texto, já falecido, chamado "Carta Certa", primeiro para DOS (e espero que você saiba o que seja isto) e depois para Windows. Isto foi no tempo que eu usava computador. Eu gostava do programa e o divulgava.
Fico também sabendo que agora a função é remunerada. É uma especialidade do marketing. As grandes corporações têm alguns deles nos seus quadros.
A expressão veio do inglês ("evangelist marketing" ou "marketing evangelist"), tomada indiretamente do grego popular do primeiro século da era cristã, porque surrupiada diretamente do cristianismo.
Evangelista é quem proclama as boas notícias (evangelho, na transliteração do grego) de que Jesus chegou para perdoar os pecados dos que os confessam e lhes dá um vida plena.
Se o novo uso pegar, daqui a pouco os evangelistas originais terão que pedir licença aos usurpadores para se identificarem por um termo que exclusivamente lhes pertenceu por 20 séculos.
O mundo está mudando, acompanhado pelas palavras.
Talvez os novos usuários tenham lançado mão de uma palavra que os cristãos tornaram arcaica. Diante do clamor das pedras,  os cristãos deveriam ser mesmo evangelistas, no sentido original, evangelistas de Jesus Cristo.
 
ISRAEL BELO DE AZEVEDO