Certa vez me meti a fazer aqueles sorvetes de saquinho, conhecidos no Rio de Janeiro como sacolés. Isto nada mais é que um suco de frutas colocado dentro de um saquinho e levado ao congelador até que congele e pronto. Garantia certa para qualquer um em dias de calor.
O único artefato mais sofisticado nisso tudo é o saquinho que precisa ser comprado numa papelaria ou loja de produtos para sorvetes.
Os sacolés seriam distribuídos entre crianças num evento preparado para elas.
Tive algumas dificuldades. A primeira dificuldade imposta pela minha falta de prática com a culinária. A segunda dificuldade porque eu tentava entornar o suco do copo do liquidificador diretamente no saquinho, por não possuir um funil. A terceira dificuldade era o fato de a maioria dos saquinhos terem vindo furados. Então, enquanto segurava o copo do liquidificador com uma mão e o saquinho com a outra, ainda surgia a dificuldade pelo fato do saquinho estar furado. Eu largava aquele saquinho, pegava outro com a mão suja pelo derramar do suco e fazia uma tremenda sujeira.
Alguns erros básicos: a falta de treinamento, a falta de ferramentas adequadas e a falta de recipientes que estivessem prontos para desempenhar o seu papel. Projeto falido, por mais bela que fosse a intenção.
Pensemos em nossas vidas quando as apresentamos a Deus para que cumpra em nós os propósitos dele.
Será que temos treinado os ensinamentos de Deus de maneira suficiente?
Será que temos usado de forma correta as ferramentas/dons que Deus tem nos dado?
Será que nossas vidas estão aptas a receberem o poder de Deus como os odres novos devem estar preparados para receber o vinho novo?
Talvez uma destas respostas ajude a explicar a lambança em algumas vidas ou ministérios (pessoais ou coletivos), por melhor que sejam as intenções.
Fique atento ao material que você tem apresentado a Deus. Ele não é consumidor que se permite ser enganado. Um dia os furos destes sacolés serão reclamados.