UM ANO SEM ISALTINO GOMES COELHO FILHO – 1/10/13 – 25/11/14 (Eraldo Bernardo)

“Sepultaram Abner  em Hebrom; e o rei , levantando a sua voz, chorou junto da sepultura de Abner; chorou também todo o povo.”(2 Sm2.3).

“Saudade: sentimento esquisiito. Não cremos nunca que a sintam como nós a sentimos, nem que a sentimos como a sentem. Eis a saudade: mal que é bem, dor que não dói, tristeza  que sorri  dentro de nós” – Braz Florenzano Netto.

Estou a escrever estas linhas não  como um biógrafo  e nem mesmo como uma pessoa íntima do Pr. Isaltino.

 Nossos primeiros contatos foram nos dias da ex- JUERP, de cuja Junta Administrativa ele fazia parte na década de 80, representando sua região.

Uma doença se manifestou,  repentinamente, e fê-lo ausentar-se de sua igreja , onde pastoreava,na região norte, e transferir-se para a cidade de Campinas,SP, onde foi acompanhado clinicamente, onde veio a dormir no Senhor, e, no  cemitério  dessa ciade foi  sepultado em 1/10/2013.

Estou escrevendo como um irmão de fé em Cristo, como colega de Ministério Pastoral Batista, como um admirador de suas mensagens e de seus escritos em livros, em sites e em O Jornal Batista, o jornal semanal da Convenção Batista Brasileira.

Isaltino Gomes Coelho Filho  era carioca. Nasceu, creio, no bairro de Tomaz Coelho, aqui perto de mim, e, na sua adolescência, foi alcançado pelo poderoso Evangelho de Cristo, que transformou a sua vida.

Pastoreou na região sudeste, na central  e na região norte do Brasil. Ensinou as Doutrinas de nossas Fé em algumas de nossas Casas de Profetas e administrou algumas delas também. Era um conferencista apreciado, especialmente na área teológica e pastoral. Quero alinhar algumas virtudes que observei nele e gostava de ver nele:

a)    Sua dedicação em aprender, sempre. Perdemos um teólogo e um hebraista de excelente grandeza;
b)    Seu veio apologético;
c)    Sua preocupação em  ir fundo nos textos sagrados;
d)    Sua coragem em dizer o que pensava, respaldado nas verdades sagradas, sem se preocupar com as possíveis críticas. Como exemplo,  quando o atual Papa esteve aqui no Brasil, escreveu  Isaltino um artigo em O Jornal Batista denunciando que o representante da  Igreja tida como Cristã, nada falou sobre o Cristo, que é: Luz do mundo; Sal da Terra; O Caminho, a Verdade, a Vida; a única Esperança do Homem; e nem sobre outras verdades sobre Jesus, contidas na Palavra;
e)    Sua coragem de estar na contramão das ideias e práticas correntes;
f)    Seu desgosto em ver o povo de Deus cantando, especialmente os adolescentes e jovens, cânticos contendo palavras e expressões sem fundamento bíblico, por entender que há educação ou deseducação cristã mediante o que cantamos;
g)    Seu carinho pelas com as crianças de sua igreja;
h)    Sua firmeza doutrinária batista;
i)    Sua satisfação em ter “Coelho” em seu sobrenome, o que o levava àqueles” Coelhos” que pisaram nosso tórrão natal, logo após Cabral, no descobrimento.
Tenho alguns de seus livros. Seus artigos, muitos, tenho-os recortados em meu arquivo. Fico na expectativa de que seus livros sejam reeditados para abençoar a atual e às novas gerações de cristãos de lingua portuguesa.

Isaltino, irmão, amigo, colega, saudades muitas! Você estará sempre vivo em meu coração, enquanto aqui estiver trabalhando na Seara do Senhor Jesus Cristo, a quem você serviu e honrou tão bem!