NOTÍCIAS DE MIM MESMO (Israel)

Como previsto, fui operado no dia 18 de abril (sábado), no hospital Quinta D´Or, pelo dr. João Luiz Schiavini e equipe, na presença  também de outros  médicos da Igreja Batista Itacuruçá. Pelo que me disseram, a cirurgia demorou pouco mais de três horas. Minha próstata foi completamente erradicada. Em seguida, fui encaminhado para o CTI pós-cirúrgico.
E logo aqui um registro: alunos do Seminário do Sul, onde trabalhei até o dia 31 de março, se caravanizaram para doar sangue, além de outros doadores da igreja e de outros lugares. No entanto, não precisei receber um grama sequer de sangue. Com lágrimas, escrevo: os sangues destes amigos me abençoaram ao abençoarem tantas outras pessoas que não conhecemos.
No dia 20 (domingo), fui para o quarto. Tive alta na quarta (22).
Parece tão simples, mas eu poderia voltar para casa antes, se meu intestino funcionasse. Mas ele só funcionou, graças aos procedimentos adotados, inclusive uma sonda abominável (certamente importada da idade da pedra lascada) e graças às orações. Imaginei Deus recebendo orações para que, sendo bem eufemístico, meu intestino funcionasse…
Cheguei em casa, trazido por minha esposa e pelo amigo-irmão Edval. As lágrimas baixaram (baixam agora também) quando entrei pela porta da cozinha. Aqui estou. Não devo fazer qualquer esforço físico ou mental. Por isto, estou proibido de usar o computador, o que não incluci este textinho raro e rebelde aqui, a pretexto de mandar uma mensagem para informar ao cirurgião que o intestino funcionou plenamente hoje (sexta, 24). Nada de e-mail, nada de MSN, nada de pesquisa. Eu preciso me concentrar na minha recuperação, que inclui o uso de uma sonda necessária mas limitadora.
Eu agradeço a Deus, que continua comigo, tão presente quanto minha esposa, Rita.
Eu agradeço a todos que têm contribuído valiosamente para a minha recuperação.  
Eu agradeço a todos que têm orado por mim, telefonado ou e me enviado mensagens. (Minha esposa responde aos telefonemas e lê as mensagens para mim, evitando apenas aquelas que possam ter impacto emocional muito forte).

Em tempo: presentado por minha filha, Rachel, finalmente vi “Forrest Gump”, de 1994. E finalmente (acabei agora a pouco) li “A cabana”, de 2008.  Não estou apressadinho?

ISRAEL BELO DE AZEVEDO