Vivemos a era do prazer a qualquer custo. Do prazer que inverte os valores, que enaltece o imundo e desmerece o puro. Vivemos o tempo da busca louca e irresponsável pelo prazer. Há quem o busque nos vícios, no sexo, nas aventuras, nas paixões, no dinheiro e no poder. Assim, os que a tais fontes recorrem, entregam-se sem reservas aos apetites insaciáveis do mais profundo do humano. Dedicam-se à busca por saciar o insaciável, realizar o irrealizável, suprir o impreenchível. Pois entregar-se à busca por este tipo de prazer é desvalorizar-se, é coisificar-se, implica em jogar a própria vida na lata do lixo. E pensar que muitos ao nosso redor matam, morrem e até vivem somente em função deste prazer de jaez efêmero e insosso. Há um prazer entanto, menos cobiçado, é certo, pouco experimentado também e infelizmente; mas que navega na direção oposta ao do prazer hedonista e egoísta, embora no mesmo mar. Há um prazer que, soubessem de sua existência, muitos não perderiam tempo com as imitações vazias e nocivas que a tantos atraem. O Saltério bíblico menciona este prazer genuíno, frutífero e eficaz, logo no seu intróito. E o faz deixando claro que aqueles que o procuram e nele se disciplinam viver, conseguem resistir à influência dos maus, não se abalar com o exemplo dos néscios e não se deixarem cativar pelos despidos do temor de Deus. Este é o prazer de ler, estudar, meditar e levar a sério na vida a Palavra de Deus (Salmos 1.1,2). São poucos os que estão à procura deste prazer insuperável. Mas os que o encontram não recorrem mais a nenhuma falsificação, não se iludem mais com nenhuma fantasia, não mais jogam fora a própria vida. Pelo contrário, vivem experimentando renovação do vigor, florescimento da esperança e a tão almejada felicidade, que emana dos ribeiros de águas ao redor dos quais, como árvores viçosas, estão vivendo. Este é o prazer que tem sabor. Que é doce como o mel… Como o mel que goteja dos favos (Salmos 19.10b). Eu quero beber mais e mais desse mel… Aceita? BOA NOITE! Lécio Dornas