Lucas 6 (6.1-5) Em Israel, a legislação religiosa dos judeus proibia qualquer tipo de trabalho no sábado. Num desses sábados em que passava por uma fazenda de cevada com os seus discípulos, eles começaram a colher e comer espigas, com as mãos. Os fariseus os questionaram: — Ei, isto não permitido no sábado. Por que vocês estão infringindo a nossa legislação? Jesus defendeu seus discípulos: — Vocês realmente conhecem as Escrituras? Se conhecessem saberia que o rei Davi fez. Ele e seus companheiros estavam com fome. Ele entrou no templo de Jerusalém, pegou, comeu e repartiu com os seus companheiros os pães consagrados, que só os sacerdotes podiam comer. Não foi? E concluiu: — Eu sou maior que o sábado. (6.6-11) Foi num sábado que outro episódio similar ocorreu. Jesus estava ensinando na sinagoga de Cafarnaum. Um dos presentes tinha a mão direita totalmente seca. Os teólogos e os fariseus estavam de olho em Jesus, para ver se ele fazia alguma cura no sábado e assim o acusarem de desobedecer a legislação. Jesus, mesmo sabendo o que eles pensavam, chamou o homem para o meio do salão, com as seguintes palavras: — Ei, você, levante-se e venha para o meio, para que todos o vejam. O homem se levantou e se aproximou. Jesus falou aos presentes: — Tenho uma pergunta para lhes fazer. No sábado, nós estamos livres para fazer o bem ou só estamos impedidos de fazer o mal? Depois, foi mais direto: — Podemos salvar uma vida ou temos que deixar que a pessoa morra? Atento também ao público presente, Jesus disse ao homem: — Estenda a sua mão. O homem estendeu a mão e ela ficou completamente restaurada. Esse milagre despertou a fúria dos fariseus e teólogos, que começaram a bolar um plano para matar Jesus. (6.12-16 Como era do seu costume, Jesus se retirou mais uma vez para um monte perto do mar da Galileia para orar. Ali passou a noite diante de Deus em oração. Quando amanheceu, ele chamou os discípulos que o acompanhavam e, entre eles, formou uma equipe com 12. Eles os considerava como apóstolos, isto é, enviados. Eis os nomes deles: Simão Pedro e André, que era seu irmão Tiago, o Maior, e João, que eram irmãos Filipe e Bartolomeu, conhecido também como Nataniel Mateus (conhecido também como Levi) e Tomé Tiago, o Menor, que era filho de Alfeu, e Simão, cujo apelido era “Zelote” Judas, filho de outro Tiago, e Judas Iscariotes, que mais tarde o trairia. (6.17-19) Depois desta escolha, Jesus desceu do monte e parou num lugar plano mais perto do mar da Galileia. Ali já estavam outros discípulos e muitas pessoas, vindas também da Judeia, de Jerusalém e das cidades mediterrâneas de Tiro e Sidom. Todos queriam ouvir Jesus ensinar. Muitos queriam ainda ficar livres de suas enfermidades. Ele pregou e curou, curou até alguns que eram atormentados pelos demônios. Todos procurar tocar em Jesus. Ele tinha poder para curar e curava. (6.20a) Diante daquela gente toda, Jesus, olhando para as pessoas, as abençoou com as seguintes palavras: (6.20b-21) “Felizes são vocês, que são pobres, porque a graça do Deus Eterno está com vocês. Felizes são vocês, que passam fome, porque serão alimentados. Felizes são vocês, que agora choram, porque terão motivos para rir”. (6.22-23) “Felizes são vocês, que têm sido odiados, expulsos das cidades, caluniados e rejeitados como indignos por me seguirem. Fizeram assim com os profetas do passado. Chegará um dia em que vocês se alegrarão com a recompensa que receberão no céu”.