Salmo 78 HISTÓRIA DO ETERNO ETERNO QUE NÃO SE CANSA DE AMAR (78.1-3) Eu sou Asafe, filho de Berequias. Sou um historiador que usa a poesia. Quero que vocês escutem o que tenho para lhes dizer. Vou lhes falar por meio de histórias, História de tempos muito distantes. Vou recordar o que ouvimos dos nossos pais. (78.4) Nossos filhos precisam conhecer As maravilhas que o Deus Eterno fez Para que também cantem de alegria o seu poder. (78.5-8) Somos todos chamados a transmitir os atos do Deus Eterno em nosso favor, Para os que vivem agora E para os que ainda vão nascer. Todos precisam saber o que Ele nos fez, Para que confiem no que Ele faz E obedeçam ao que Ele diz. Só assim não serão como nossos ancestrais, Teimosos e rebeldes, inconstantes e infiéis. (78.9) Lembremos dos nossos antepassados, Que, tendo tudo para vencer o combate, Ficaram com medo e correram. Eles não entenderam Que estavam protegidos Pela Aliança que o Deus Eterno assinara com eles. (78.10-12) Preferiram ficar longe dele, Preferiram esquecer os milagres que viram o Deus Eterno fazer. Simplesmente se esqueceram dos muitos milagres Que o Deus Eterno realizou na capital do Egito. (78.13-16) Eles se esqueceram que o Deus Eterno dividiu o mar Vermelho Para o povo passar a seco meio das águas. Eles se esqueceram da nuvem que os guiava pelo deserto de dia E da bola de fogo que lhes iluminava o caminho à noite. Eles se esqueceram das rochas abertas para lhes trazer Aguas transbordantes como cachoeiras, para que bebessem. Sim, eles se esqueceram dos rios que nasceram nas rochas. (78.17-18) Por isto, continuaram na rebeldia. Por isto, se revoltaram contra o Todo-Poderoso Deus. Desprezaram a comida que lhe foi dada Como se não prestasse. (78.19-20) No deserto queriam uma restaurante com variado cardápio. Duvidaram que aquele que tocou na rocha para que brotasse água Não lhes podia fornecer pão fresquinho Ou carne de boa qualidade. (78.21-22) Com isto, conheceram por um pouco a divina reprovação. Não confiaram que sempre vem do Deus Eterno a salvação. (78.23-27) Mas logo o Deus Eterno mudou de ideia E mandou chuva, muita chuva, Mandou o maná, o cereal do céu, Para os alimentar pela manhã. O pão que o anjos comiam Era o pão que agora tinham. Era o pão que chegava com o vento, Vindo de toda a direção. Era a carne das codornas Que aos milhares ciscavam no chão, Tantas quantos os grãos de areia na praia. Das suas casas eles podiam ver o alimento. Era só pegar. E comeram o que queriam E até mais do que precisavam. Comeram tanto que morreram no excesso, Para tristeza do Deus Eterno. Aprenderam? Não! Continuaram a pecar Como o Deus Eterno não os amasse. (78.28-35) Para os ensinar, o Deus Eterno permitiu que morressem antes da hora, Inclusive os jovens. Na hora da dor, pareceram arrependidos E oraram ao Deus Eterno, Como se de fato nele confiassem Como o seu Redentor. (78.36-37) Era tudo da boca para a fora. Era mentiroso o seu louvor. Eram inconstante a sua fé, Como se não houvesse Aliança firmada entre eles. (78.38) Mas o Deus Eterno não se esqueceu E continuou cheio de graça E perdoou a maldade E não destruiu o pecador, Embora tenha se aborrecido com o pecado. (78.39) Ele sabe que somos simples mortais. Somos como vento que vem e não volta mais. (78.40-41) Por isto, suportou com tristeza a rebeldia no deserto, Tantas vezes repetida. Eles tinham prazer de provocar o Deus Eterno, Gostavam de ofender o Totalmente Santo. (78.42-51) Não lembravam mais do que Ele fizera no Egito, Quando libertou o povo das garras do Faraó, Como quem tira um refém das mãos do sequestrador. Não lembravam que o Deus Eterno transformou Em sangue as águas do belo e garante rio Nilo, Para que os egípcios ficassem com sede. Não lembravam das moscas devoradoras Nem das rãs destruidoras, Nem dos piolhos nos animais, Nem dos gafanhotos nas lavouras. Nem das pedras que caíam das nuvens Para murchar as uvas, Secar os figos, Matar os rebanhos. Quando os egípcios viram tanto poder, Ficaram com medo, Como se anjos malvados os perseguissem. O Deus Eterno fez justiça e não os poupou. Mandou epidemia após epidemia para que se arrependessem. Só quando eliminou os seu primogênitos, Só quando caíram mortos os jovens da terra, O Faraó deixou o povo de Israel partir. (78.52-54) O Deus Eterno conduziu seu povo, Guiando-o pelo deserto como uma ovelha mansa. O Deus Eterno fez seus filhos andarem em segurança, Sem medo de nada, Nem do mar, Onde ficaram os que os perseguiam. O Deus Eterno conduziu os filhos da promessa à terra santa, Passando pelo encontro no monte Sinai. (78.55) Os povos que habitavam em Canaã foram dispersos, Em suas terras foram levantadas as tendas das tribos de Jacó. (78.56-58) Ainda assim, nossos antepassados pecaram contra o Todo-Poderoso Deus. Eles resistiram aos mandamentos. Eles desprezaram a Aliança. Em lugar de ser fiéis, tornaram-se constantemente infiéis, Vivendo vidas totalmente tortas. Chegaram ao ponto de adorar as estátuas do deuses da terra, Como se não fossem amados pelo Deus Eterno. (78.59-61) O Deus Eterno se entristeceu profundamente e se afastou. Eles o cultuavam no Tabernáculo, mas o Deus Eterno não os ouvia mais. A arca da Aliança foi tomada e perdida. O povo livre se tornou escravo em terra distante. Foi-se a glória de Israel. (78.62-64) Quando o inimigo chegou com a morte na mão, Foi total a devastação. A cidade foi incendiada. Os rapazes foram levados e as moças não tinham com quem se casar. Os sacerdotes do templo foram esfaqueados. As viúvas não tinham maiôs lágrimas para derramar. (78.65-66) Sofreram muito até que o Deus Eterno decidiu intervir. Os outrora poderosos inimigos tiveram que recuar, Humilhados e desprezados. (78.67-69) Mas o Deus Eterno deixou que a