Lembro-me muito bem desse termo quando assistia aos antigos filmes de faroeste, aquelas aventuras entre mocinhos e bandidos. Geralmente num desfiladeiro, os bandidos ou os mocinhos preparavam uma emboscada para os seus rivais. Era algo para pegar a turma de surpresa e assim ter vantagem para a vitória. Os pontos eram escolhidos com muito cuidado, a forma de agir devidamente planejada, para que o objetivo final fosse alcançado. Quando quem armava a emboscada eram os mocinhos, e eles venciam, a platéia vibrava no cinema, mas quando ocorria o contrário, ficávamos preocupados. No caso do cinema, isso era passageiro, pois logo os mocinhos venciam e todos ficavam felizes. Na semana passada ouvimos essa palavra em um “contexto diferente” dos filmes de faroeste; ocorreu na vida real. Mas a história também foi entre “bandidos” e uma “mocinha”. Só que o final não foi feliz para ela e sim para os “bandidos”. A estratégia foi a mesma usada nos filmes de “cowboy”. Escolheram um local, estudaram o melhor horário e a melhor forma de agir, e agiram. Podemos dizer que a ação foi de certa forma covarde, pois havia vários “bandidos” armados contra uma “mocinha” desarmada. Como ficamos sabendo, ela morreu. A platéia está sem entender o ocorrido, pois o filme terminou. Pelo menos aquela “sessão de cinema”. As investigações agora farão parte de outro capítulo da série, que poderão ter uma duração muito maior que a do primeiro capítulo. Emboscada. Achei interessante o uso desse termo. Remeteu-se à minha infância. Vejam que existem certas palavras, certas situações que têm o poder de nos transportar no tempo, lá para o nosso passado. Lembrei-me que brincávamos de “cowboy” nas ruas de terra, escondendo no meio do mato. Talvez até pensássemos em emboscadas para vencermos os nossos “adversários”, que eram os nossos amigos nas brincadeiras. Os revólveres davam tiros de espoletas. Mas os revólveres usados na emboscada anunciada pela TV não usava essa mesma munição. Que pena! Não era brincadeira. A coisa foi séria demais. Assim é a nossa vida. Talvez sem percebermos, passamos por várias emboscadas, que podem ser de vários tipos. Podemos chamá-las de armadilhas, que podem ocorrem em relação a finanças, ações que temos de tomar, pressões por decisões rápidas, um homem ou uma mulher que chama a nossa atenção, “alimentar” algo incorreto; e o mais importante: em relação à sua alma. A Palavra de Deus diz assim: “Deus, nosso Salvador, deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” 1 Timóteo 2.4, e “o Senhor é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” 2 Pedro 3.9. Porém ela também diz o seguinte: “Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.” 1 Pedro 5.8. Na verdade o inimigo das nossas almas tem sempre uma emboscada preparada para nós. Ele é o enganador, está sempre preparando uma situação para nos enganar, não se esqueça disso. Um pastor amigo meu, disse certa vez que “o Diabo deixa o laço sempre armado para nos pegar, faz com que entremos nele, e pasmem, espera que nós digamos a ele, pode puxar.” Veja que as armadilhas estão aí, mas de certa forma somos nós que entramos nelas. Ah, as emboscadas. Elas podem levar à morte física, como aconteceu no fato noticiado. Pior é quando levam também à morte espiritual, pois partimos sem ter uma aliança com Jesus. Várias coisas podem também fazer o papel das emboscadas: falta de fé no que é importante, ser relutante para ouvir e entender a Palavra de Deus, achar que tudo é superstição, que o que está sendo anunciado é simples demais para ser verdade, e por aí vai. Emboscadas ou armadilhas nos desviam do alvo. São caminhos pelos quais não devíamos caminhar, mas como saber se no nosso caminho há alguma emboscada. No tocante à vida espiritual esteja atento, pois o nosso inimigo é incansável, ele arma uma armadilha atrás da outra. Por meio da fé podemos pedir ao Senhor que nos proteja. O Salmo 127.1, um cântico escrito pelo Rei Salomão, diz assim: “Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não é o Senhor que vigia a cidade (ou a nossa vida), será inútil a sentinela montar guarda.” Já vimos isso na TV. Para sua reflexão então: como fugir das emboscadas da vida? Você conseguiu se lembrar de alguma que foi preparada para você ou que você percebe que está sendo preparada? Como agir diante dela? Dá “pra encarar” sozinho? Você será capaz de resolver por você mesmo? Dá pra fugir? Dá pra evitar? Boa semana.